2,8 milhão de jovens estão fora da Escola no Ensino Médio
A faixa etária mais atingida é jovem nessa faixa etária, porém a estatística refere-se a idade da fase escolar do ensino médio (entre 15 e 19 anos) que totaliza 3.008.560 estudantes. Os dados fazem parte de estudos do Censo da Educação Básica de 2018.
Inacreditável? Não. A triste realidade ocorre em todas as regiões do Brasil. Em 2019, o número de jovens que deveriam se matricular em uma escola de ensino médio aumentou em relação a 2018 e tem aumentado em progressão acelerada a cada ano. Exatamente 1 milhão e 525 mil vagas ociosas nas escolas de ensino médio das 27 unidades da federação, apenas entre 15 e 17 anos. A faixa etária mais atingida é jovem nessa faixa etária, porém a estatística refere-se a idade da fase escolar do ensino médio (entre 15 e 19 anos) que totaliza 3.008.560 estudantes. Os dados fazem parte de estudos quantitativos e qualitativos do Censo da Educação Básica de 2018 realizado pelo Ministério da Educação.
O quantitativo de jovens fora da escola, ou seja, ociosos no processo de conhecimento, é o maior entre todos os países desenvolvidos e em desenvolvimento do Mundo. Estamos atrás de todos os países que entenderam a lição da Educação como primaz no crescimento econômico de seus países: Estados Unidos, China, Japão, União Europeia, Índia, Rússia, etc... .
A maioria das escolas que oferecem ensino médio é pública (85%). O Brasil tem matriculado 48 milhões e 110 mil alunos em fase escolar de todas as faixas etárias e escolares (educação infantil, fundamental e médio). São 184 mil escolas e a maioria esmagadora (89%) a evasão escolar no ensino médio é a mais gritante dos últimos 30 (trinta) anos quando o Censo iniciou o diagnóstico.
Se esse ritmo continuar negativo para a educação e para o país, levaremos 200 anos para recuperar o que se perdeu com a educação que tem reflexos em todas as áreas do país, conforme tese defendida pelo professor Ricardo Paes de Barros, consultor de economia no Insper e no Instituto Ayrton Senna.
No intervalo dos últimos dois anos, 525 mil jovens deixaram a escola antes de completar os 3 meses do ano letivo. O restante (1 milhão) abandonou a escola antes de completar os seis meses letivos, e a maioria gritante 1.243.600 estudantes.
Em Rondônia o número gira em torno de 100 mil estudantes em fase escolar do ensino médio fora da escola. O número é maior se formos contabilizar outras faixas etárias e escolares. Se hoje você visitar uma escola que ofereça ensino médio noturno (regular ou EJA) as salas estão vazias ou tem de juntar turmas para haver rendimento escolar.
Entre 15 e 17 anos fase mais crítica da pesquisa onde houve maior número de abandono da escola é 10 milhões de jovens nessa faixa etária, e pelo texto Constitucional todos deveriam estar matriculados na escola (obrigação do Estado e da Família). Resultado: Desse quantitativo, 7 milhões e 200 mil estão na escola e 2 milhões e 800 mil estão fora!
Estudo internacional realizado pela instituição americana em educação Brown University 100 bilhões de reais é perdido pelo Brasil por não termos cuidado do ensino médio deixando esse quantitativo gritante de jovens fora da escola. A consequência será no mercado de trabalho, geração de renda, investimentos estrangeiros no mercado interno, aumento da criminalidade diretamente, pois está comprovado que o crescimento da violência está ligado ao abandono da escola.
Jovens que saem da escola em fase do ensino médio ficam ociosos e acabam se envolvendo com tráfico de drogas. Para cada aluno que não conclui o ensino médio, o gasto será de 18 mil reais para o Estado que terá de utilizar recurso dos impostos para o combate à violência gerada do aumento do envolvimento de jovens com o crime.
Se o Brasil conseguisse manter 100% dos jovens em fase escolar no ensino médio, 100 bilhões de reais de recursos deixariam de ser perdidos direta e indiretamente. Os países que diminuíram a criminalidade e a geração de emprego e renda estão ligados diretamente a investimentos pesados em educação principalmente da faixa etária entre 15 e 19 anos.