Ministro da Saúde confirma investimento emergencial para o João Paulo II e análise do projeto do novo hospital
O ministro destacou a situação grave do hospital rondoniense e explicou que o governo precisa avaliar com bastante critério qual será a obra a ser realizada emergencialmente.
O investimento superior a R$ 11,5 milhões para obras emergenciais no Hospital João Paulo II e o apoio à construção do novo hospital de Porto Velho com as emendas de bancada foram confirmados pelo Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, nesta terça-feira (7). O anúncio ocorreu durante reunião com que contou com o governador de Rondônia, Marcos Rocha, deputadas federais e secretários de saúde do estado e do município de Vilhena.
O ministro destacou a situação grave do hospital rondoniense e explicou que o governo precisa avaliar com bastante critério qual será a obra a ser realizada emergencialmente. O secretário de Estado da Saúde, Fernando Máximo, explicou que já existe um projeto de adquirir equipamentos e levantar uma construção de dois pavimentos. “A intenção é retirar servidores de uma ala que não está ideal para o repouso dos profissionais e transferi-los para este novo setor”, disse. Ele afirmou que no projeto também estão demandados a aquisição de um novo aparelho de tomografia e alguns outros equipamentos.
Henrique Mandetta reiterou que o projeto emergencial será avaliado pela equipe técnica, porém estará realizando o procedimento de abertura do sistema para que Rondônia inclua o projeto. “É bastante importante uma avaliação em todo o Hospital João Paulo para que sejam atendidas rigorosamente todas as necessidades imediatas”, pontuou.
Para ele, seria interessante avaliar a possibilidade de utilizar contêineres que podem ser implementados mais rapidamente. O governador Marcos Rocha explicou que o secretário Estadual da Saúde é servidor do hospital de Porto Velho. “Não há outra opção, já ocupamos todas as vagas possíveis, inclusive as unidades de hospitais privados, para minimizar as dificuldades do João Paulo II, precisamos de uma resolução urgente “, assegurou. Mandetta garantiu que a avaliação será bastante rápida por conta da situação do hospital.
Luiz Henrique, ainda discorreu sobre a necessidade de buscar um bom projeto de reforma para o João Paulo. Ele demonstrou alguns projetos de sucesso e disse que há empresas em todo o Brasil especializadas em reformas hospitalares. Umas das reformas citadas como sendo de sucesso, foi a reforma do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul. Neste caso específico foram investidos R$ 33 milhões e a responsável pelas obras foi uma empresa da Bahia.
NOVO PRONTO SOCORRO
O ministro falou sobre o empenho da sua pasta quanto à construção de um novo pronto socorro de porto velho. “Vi pelas imagens que o atual hospital não tem condição de receber mais pacientes. Então, com esta união entre a bancada, o Governo do Estado e o Ministério, podemos ter a construção acelerada”. Segundo ele, há um projeto de referência adquirido pela prefeitura de Cuiabá e que pode ser adaptado a Porto Velho. A obra, inaugurada em dezembro de 2018, recebeu investimentos de R$ 50 milhões para construção e R$ 82 milhões para custeio. Por ser um projeto comprado por um ente público, Mandetta comentou que um convênio entre o Estado e a Prefeitura talvez possa ser suficiente para Rondônia usar o mesmo projeto na sua capital.
UTI NEONATAL DE VILHENA
O secretário de Saúde de Vilhena, Afonso Emerick Dutra, solicitou o apoio do ministro para que seja efetivada a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de seu município. O complexo custou cerca de R$ 2,4 milhões e foi inaugurado em 2019. Segundo o secretário, há uma demanda significativa de toda a região. “Para que a UTI funcione plenamente o município precisa do apoio do Ministério da Saúde e do governo de Rondônia”, solicitou. O ministro afirmou que o custo deste tipo de unidade é extremamente alto, porém se prontificou a estar em apoio ao empreendimento.
Uma das ações que minimiza o custo de uma UTI Neonatal foi pontuada durante a reunião, com a implementação do Método Canguru. O ministro explicou que o procedimento nada mais é do que uma estrutura para que o bebê prematuro possa ficar mais próximo da mãe. “Aqueles prematuros nascidos com menos de 1kg ficam na UTI até alcançarem aproximadamente 1,5kg. Depois passam aos cuidados intermediários. Geralmente após 30 dias podem ir para este quarto canguru”, explicou.
A estrutura, que segue padrão do Ministério da Saúde, propõe que a mãe use uma bolsa que faz semelhança com a forma de um canguru carregar sua prole. Desta forma, o filho ganha peso mais rápido, tem o calor da mãe e não utiliza o serviço intensivo de alto custo.
O Ministério, o Governo e a Prefeitura buscarão um acordo para apoiar o projeto que visa atender a diversos prematuros da região sul de Rondônia.
Também participaram da reunião as deputadas federais Silvia Cristina (PDT), Mariana Carvalho (PSDB) e Jaqueline Cassol (PP) e a superintendente de Integração do Estado de Rondônia (Sibra), Leandra Dal Bello.