Foto: Wilson Dias/Agência Brasil/Reprodução
Um minuto antes das 8h55, horário marcado para iniciar a sessão de debate sobre o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) que pede a continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já estava posicionado na mesa do plenário. As discussões foram abertas pontualmente, com a ajuda de um grupo de parlamentares favoráveis ao impedimento da petista que fizeram uma contagem regressiva. Ao todo, 173 dos 513 deputados estavam presentes na abertura da sessão.
A exposição do jurista Miguel Reale Junior, um dos autores da denúncia contra a presidenta, é a primeira fala no plenário, por 25 minutos. O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, fará a defesa de Dilma, em seguida, pelo mesmo tempo, ambos improrrogáveis. Os partidos terão uma hora para se manifestar logo depois de acompanhar a defesa e a ordem de discurso será da maior para menor bancada. São 25 partidos que podem indicar até cinco parlamentares para dividir este tempo.
Às 9h, foram abertas as inscrições para os deputados interessados em discursar. Os parlamentares têm até as 11h para registrar o interesse em se manifestar da tribuna por três minutos, amanhã (16), em sessão marcada para começar às 11h.
Na Mesa, ao lado de Cunha, estavam o relator e presidente do processo na comissão especial que aprovou o relatório no último dia 10, Jovair Arantes e Rogério Rosso (PSD-DF), e de outro, Izalci (PSDB-DF). Pouco antes de entrar no plenário, Cunha disse que o clima está tranquilo “até agora” e antecipou que a sessão deve se prolongar por toda a madrugada.
“É um processo histórico, muito grave, ao qual temos responsabilidade da sua condução e vamos conduzir para que se tenha uma decisao seja ela qual for para que o país tenha esta decisão e seguir a vida normal. Não dá para postergar. O próprio Supremo ontem, num gesto de excepcionalidade, realizou uma sessão extraordinária atá 1h, mostrando que todos querem resolver”, disse Cunha, perguntado sobre o resultado da sessão da Corte que indeferiu pedidos do governo questionando regras adotadas, como a da ordem de chamada para votação, e o próprio procedimento, apontando que houve cerceamento de defesa de Dilma Rousseff.