28/05/2019
Cirurgia de mudança de sexo: os tabus que Paula Vlasak quebrou
Paula é agora Vitória. Após a cirurgia realizada em 2018 no final do ano em Bangkok na Tailândia com 25 anos, a justiça rondoniense lhe conferiu novo assento de nascimento com o nome de Vitória Correia dos Santos.
Conheça a história da transexual rondoniense Paula Vlasak que passa a ser oficialmente Vitória Corrêa dos Santos em ação judicial de novo assento de nascimento e entenda os tabus da cirurgia considerada mais polêmica e complexa.

CRS (Cirurgia de Resignação Sexual) é o procedimento cirúrgico pelo qual as características sexuais de nascença de uma pessoa são mudadas para aquelas socialmente associadas ao gênero ao qual o indivíduo se reconhece. Ou seja, é parte, ou não, da transição física de transexuais e transgêneros.

Para ser operada, a pessoa interessada precisa de, no mínimo, dois anos de terapia, laudo de três especialistas e muita determinação para enfrentar a mudança corporal, mental e, principalmente, a cultura de não-aceitação imposta pela sociedade.

Infelizmente, não é tão fácil, porque existe a burocracia. O paciente passa por psicólogos, psiquiatras, uma série de exames porque os especialistas têm o objetivo de descobrir se a pessoa está preparada ou não para fazer a cirurgia. Além de descobrir se, de fato, faz parte de um processo de transexualização.

Outro fator “predominante” para a demora da cirurgia pela escolha da pessoa trans, segundo especialistas pelo procedimento afirmam em estudos.  

Com toda a pressão psicológica da sociedade, muitos trans acabam retrocedendo psicologicamente, seja por medo do outro ou de si mesmo. Infelizmente, isso ainda acontece muito e é registrado diariamente, com tentativas de suicídio e até mortes pela violência. (Vick Bacon, jornalista e professora em artigo publicado em 12.06.2012)

A cirugia e como é realizada?

Para as mulheres trans, a reconstrução dos genitais, feminilização facial e o aumento de seios são passos do processo de redesignação sexual. Os homens trans, por sua vez, passam por uma série de cirurgias: remoção dos seios, histerectomia (remoção de parte ou da totalidade do útero, por via abdominal ou vaginal) e reconstrução genital, com auxílio de hormônio.

Em sua maioria, eles optam por fazer uma faloplastia (procedimento que tem como objetivo aumentar as dimensões do pênis humano, tanto em comprimento como em diâmetro) com médicos renomados do exterior.

Paula Vlasak e Vitória Corrêa (mulher trans)

Paula, agora Vitória tem 26 anos e trabalha como acompanhante em Porto Velho e outros estaria do Brasil.

A sua infância teve uma sexualidade mais aflorada em relação a outras crianças da sua idade (precoce). Ela teve experiências boas e ruim, pois ela tentava compreender o porquê teria de ter experiências com meninas se ela tinha afeição por meninos (antes de assumir a transexualidade).

Já em sua adolescência sempre foi muito atrativa e chamativa. Teve apoio da mãe como sempre e causava onde chegava. Tornou-se popular na cidade pelo modelo de se vestir, em se maquiar e se impor socialmente como mulher transexual. Em sua adolescência foi profunda com descobertas, pois não se sentia nem gay e nem travesti e sim uma mulher transexual.

A cirurgia custou por volta de 70 mil reais e ela se recuperou na capital tailandesa por 40 dias no final de 2018.

Paula Vlasak (Vitória Corrêa) após a realização da cirurgia de resignação sexual ou mudança de sexo na Tailândia em 2018.

Teve sua primeira paixão como todo ser humano ainda em sua adolescência.

Ela não realizou a cirurgia pensando somente em como sua vida afetiva ou sexual poderia mudar. Os gastos para realizar a operação na Tailândia foram também um investimento na sua própria segurança e na sua vida.

Para realizar a cirurgia, recorreu aos familiares que sempre souberam que ela é uma mulher transexual. Paula reside com a mãe que lhe dá segurança, carinho e é sua fortaleza. A família aceitou bem a transição. “Eu disse a minha mãe que a operação era também uma questão de ego e desejo pessoal, e que ela nunca me deixaria sozinha. Ela esteve sempre decidia em realizar o procedimento e pesquisou durante anos para poder conseguir.

A operação dura em torno de cinco horas. Entre explicações técnicas e confissões, as frases de Paula são, muitas vezes, iniciadas com um antes ou um depois de aquilo. Antes e depois da Tailândia. Ela diz que agora se sente mais livre para decidir com quem quer dividir sua própria história. Ela está realizada e em nova vida.

Mãe e filha juntas. "O apoio da família é essencial para que eu me descobrisse e me aceitasse como mulher trans".

Paula é agora Vitória. Após a cirurgia realizada em 2018 no final do ano em Bangkok na Tailândia com 25 anos, a justiça rondoniense lhe conferiu novo assento de nascimento com o nome de Vitória Correia dos Santos.

CIRURGIA É OFERECIDA PELO SUS

No Brasil, a cirurgia de redesignação sexual pode ser feita em clínicas particulares, mas o SUS também realiza este tipo de operação. De acordo com o Ministério da Saúde, desde 2008, quando as cirurgias começaram a ser oferecidas, até maio de 2017, foram realizadas 400 operações, incluindo a mudança de sexo, mastectomia (retirada da mama), tireoplastia (troca do timbre de voz) e plástica mamária reconstrutiva (incluindo próteses de silicone).

Ao todo, nove centros hospitalares estão habilitados para oferecer os procedimentos, que incluem terapia hormonal e acompanhamento dos usuários em consultas no pré e no pós-operatório. São eles: Hospital das Clínicas de Uberlândia (MG); Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia do Rio de Janeiro; Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS de São Paulo; CRE Metropolitano, de Curitiba (PR); Hospital de Clínicas de Porto Alegre, que pertence à Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro; Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da USP; Hospital das Clínicas de Goiânia, da Universidade Federal de Goiás e o Hospital das Clínicas, da Universidade Federal de Pernambuco.

A idade mínima para realizar procedimentos ambulatoriais - como terapia hormonal e acompanhamento médico - é 18 anos. Já para realizar a cirurgia, é preciso ter mais de 21 anos e um acompanhamento psicológico prévio de dois anos, para que o paciente tenha certeza sobre a decisão, já que o procedimento é irreversível.









 

Fonte: Victoria Angelo Bacon
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