PT, PSDB E MDB foram os que mais perderam filiados e o Novo o que mais ganhou
João Amoedo, fundador do Novo, é carioca e foi o quinto candidato mais votado nas eleições de 2018, superando Marina Silva e Álvaro Dias. O Globo diz que o partido Novo “busca opções para evitar ser confundido como linha auxiliar do governo de Jair Bolsonaro”.
Dados do TSE revelam que, proporcionalmente o partido Novo foi o partido que mais cresceram em número de filiados entre janeiro e abril deste ano, segundo levantamento realizado. Embora o crescimento do PSL do partido do presidente é o que mais acentuou crescimento desde a última eleição (2018), coube ao partido Novo o crescimento em liderança no último mês (maio de 2019). Proporcionalmente, o partido com maior crescimento foi o Novo, que registrou um avanço de 29%, saindo de 26,2 mil para 33,9 mil filiados. Presidente nacional do Novo, o empresário João Amoêdo afirma que a eleição foi uma vitrine para que o partido difundisse suas ideias. Grandes partidos como MDB, PT e PSDB seguem como os maiores partidos em número de filiados. Coube à tríade PT- MDB. PSDB recorde de desfiliação desde janeiro de 2019, conforme dados apresentados pelo Tribunal Superior Eleitoral.
João Amoedo, fundador do Novo, é carioca e foi o quinto candidato mais votado nas eleições de 2018, superando Marina Silva e Álvaro Dias.
MDB, PSDB e PT perdem protagonismo para o Novo e PRB do vice-presidente Mourão.
Após três décadas ditando os rumos da política no País, MDB, PT e PSDB viram-se apeados não apenas da presidência das duas Casas legislativas, mas também dos cargos da Mesa Diretora da Câmara. É a primeira vez desde a redemocratização que as três siglas, que concentram o maior número de filiados, ficam de fora dos postos de comando da Casa.
O caso de PT, MDB e PSDB na Câmara é visto como reflexo do desempenho que tiveram nas urnas e de erros de estratégia após a eleição, segundo parlamentares ouvidos pela reportagem. "Novas forças políticas emergiram. Estamos na Legislatura do 'se vira nos trinta', diversas bancadas com cerca de 30 deputados. Isso alterou também o peso de cada partido na hora da negociação", diz Marcos Pereira (PRB-SP), deputado em primeiro mandato e que foi eleito 1º vice-presidente da Câmara.
O MDB, que já teve a maior bancada da Casa, foi o que mais minguou na última eleição: saiu de 66 eleitos, em 2014, para 34 em 2018. Hesitou em unir-se ao bloco costurado por Maia, selando o apoio somente às vésperas da eleição, quando as principais vagas da Mesa já haviam sido negociadas. Ficou com uma suplência e ainda disputa nos bastidores a presidência de uma comissão importante. Desde a Constituinte, o partido jamais ficara sem um posto na Mesa Diretora. "Tinham a fonte a seu lado, não deram bola, e agora terão de se contentar com um copo d'água", diz o deputado Hugo Leal, do PSD, um dos primeiros partidos a fecharem com Maia.
Mesmo tendo eleito a maior bancada no ano passado, com 56 deputados, o PT ficou apenas com uma vaga de suplente na mesa e deve ter o comando de uma comissão de menor importância. Manteve assim, situação da legislatura passada. Desde 1997, quando passou a ter cargo na Mesa Diretora, o PT experimentara dois hiatos: de 2005 a 2007, quando Severino Cavalcanti (PP-PE) foi eleito, alijando o partido do então governo do comando, e de 2015 para cá, com as eleições de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Maia.
O Novo e a distância de Bolsonaro
O Globo diz que o partido Novo “busca opções para evitar ser confundido como linha auxiliar do governo de Jair Bolsonaro”.
A explicação é de que “a um ano da disputa pelas prefeituras, o Novo considera que é necessário manter uma certa distância para que sua agenda não se confunda com a do PSL”.
Partido Novo terá consultoria para achar candidatos a prefeito.
Em entrevista ao Estado, João Amoêdo, um dos fundadores da sigla e candidato derrotado à Presidência da República no ano passado, disse que busca nomes que não tenham “vícios políticos”. “Nossa exigência é que os candidatos tenham pelo menos oito anos de experiência em cargos privados ou públicos”, disse ele, que fez sua carreira no mercado financeiro e é defensor de ideias liberais, como a redução do tamanho do Estado. “Se for pensar bem, o que significa um bom gestor? Uma pessoa que saiba definir bem suas prioridades, montar uma boa equipe. Dialogar constantemente. Na iniciativa privada é assim”, afirmou.
O Partido Novo adotou um método diferente para escolher seu próximo candidato à prefeitura de Curitiba - a eleição será no ano que vem. Nos moldes de um reality show da política, o processo seletivo, que também vem sendo replicado em todo o país, tem três etapas.
Na capital paranaense, a disputa começou com 16 inscritos, que apresentaram os currículos, como para uma vaga de emprego. Neste primeiro momento, uma triagem foi feita por integrantes da sigla.
Quatro “candidatos a candidatos a prefeito” passaram então para a segunda etapa, que inclui a entrevista com profissionais da Exec, empresa de recrutamento de executivos de alto escalão que foi contratada pelo diretório nacional para realizar o processo. Ao passar para essa etapa da seleção, cada candidato desembolsou R$ 4 mil para seguir na disputa.
Quem passar por esta fase, que ainda está em andamento, terá depois de enfrentar novas entrevistas com representantes dos diretórios estadual e municipal da legenda. Nestas, inclusive, já terão que apresentar, em linhas gerais, o que pensam sobre a campanha e até sobre eventual plano de governo."