Capacitação estuda espécies de peixes no rio Madeira e alerta à importância de identificar invasores
O objetivo, segundo o coordenador de licenciamento ambiental da Sedam, é treinar os servidores quanto as invasões ocasionadas por outras espécies de peixes que estão adentrando na Amazônia.
Com o tema “Invasão Biológica”, a capacitação realizada nesta quinta-feira (12), em Porto Velho, contou com a participação de servidores da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), representantes da Universidade Federal de Rondônia(Unir) e demais participantes da sociedade civil organizada.
O objetivo, segundo o coordenador de licenciamento ambiental da Sedam, Abimael Ribeiro, é treinar os servidores quanto as invasões ocasionadas por outras espécies de peixes que estão adentrando na Amazônia.
“A capacitação vai permitir que os servidores da Sedam estejam preparados para identificar a possível presença de peixes exóticos na região. É importante que eles saibam identificar essas espécies invasoras, e qual o prejuízo que isso causa na biodiversidade de peixes da nossa região”, esclareceu.
Na biologia o termo “Invasão Biológica” trata-se de um processo pelo qual uma espécie animal ou vegetal, adentra em outras áreas, alterando aquele ecossistema, e o que é pior, trazendo desequilíbrio e colocando em risco as demais espécies nativas daquela região. Espécies como mexilhão dourado, molusco de água doce, caramujo gigante, entre outras espécies, causam graves prejuízos em plantações, rios, mares e florestas. No caso do Rio Madeira, a preocupação é com peixes da espécie tilápia.
“As espécies invasoras competem com as espécies locais, o que põe em risco a bacia do Madeira, que tem hoje a maior biodiversidade do planeta identificada, até então, com mais de mil espécies de peixes. Por isso a importância de se debater estratégias de conservação em conjunto”, destacou Carolina Rodrigues da Costa, professora do departamento de biologia da área de ictiologia da universidade Federal de Rondônia.
A Secretaria pretende ainda monitorar a existência do cultivo de espécies exóticas no estado e obter dados para pesquisas científicas. Edgar Cardoso, secretário adjunto da Sedam, ressaltou, ainda, a preocupação da nova gestão que está voltada ao investimento em capacitações. “Nós estamos preparando a Sedam para desafios futuros, com a oferta de cursos que trazem conteúdos inovadores, voltados à fauna e flora da nossa região”, declarou.
Os servidores receberam, ainda, certificados. Daniely Cunha Oliveira, diz que as capacitações fazem grande diferença na hora da atuação. “Essas capacitações acabam nos ajudando a relembrar muitas coisas que estudamos, além de nos auxiliar com a aplicação na prática. Como bióloga tenho todo o interesse no curso, e está sendo bastante proveitoso para todos nós”, finalizou a servidora.