Paralisação geral tem baixa adesão, mas grevistas dizem ter alcançado 300 cidades
Ao longo da manhã, os efeitos da paralisação foram sentidos com a interrupção total ou parcial do transporte público. Das 27 capitais, 19 tiveram o sistema de ônibus afetado pela mobilização.
Cidades brasileiras registram protestos e paralisações em serviços públicos desde a manhã desta sexta-feira (14). Trabalhadores cruzaram os braços contra os cortes do governo na educação e a reforma da Previdência. Os 26 estados e o DF foram afetados.
Ao longo da manhã, os efeitos da paralisação foram sentidos com a interrupção total ou parcial do transporte público. Das 27 capitais, 19 tiveram o sistema de ônibus afetado pela mobilização. Considerando outros modais, como trem e metrô, esse número chega a 21.
Outras oito capitais não tiveram interrupção no transporte coletivo por ônibus, mas sofreram com bloqueios de ruas ou estradas por manifestantes ou tiveram paralisação parcial no metrô — caso de São Paulo e Belo Horizonte, por exemplo (veja detalhes por estado mais abaixo).
Resumo:
Até as 18h, 185 cidades de 26 estados tinham registrado protesto.
Até as 18h, 111 cidades haviam registrado paralisação de serviços nos 26 estados e no DF.
No Rio, em São Paulo e em Foz do Iguaçu, a polícia usou bombas de gás para dispersar protestos — na capital paulista, policiais agiram após manifestantes atearem fogo em um carro; em Campina Grande (PB), um policial deu um tapa no rosto de um manifestante que barrava a entrada de funcionários em uma empresa.
No Rio Grande do Sul, um PM foi ferido.
Em SP, a Avenida Paulista foi fechada e algumas linhas do metrô paralisaram, mas ônibus e trem circulavam normalmente; no Rio, o transporte público não foi afetado; as duas maiores capitais tiveram complicações no trânsito devido aos bloqueios feitos por manifestantes em vias importantes.
Em Salvador, ônibus foram atacados por pedras; em Belo Horizonte, uma mulher foi internada em estado grave após inalar fumaça de fogo em pneus num protesto e ter parada cardiorrespiratória.
Escolas e universidades amanheceram fechadas nos seguintes estados: Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Sergipe, Distrito Federal, Minas Gerais e Pará.
Serviços de banco também foram interrompidos, com grande número de bancários aderindo à paralisação em estados como Sergipe e Maranhão.