A Serasa Experian cruzou dados próprios sobre a porcentagem da população das capitais com dívidas atrasadas e pesquisas de rendimento e desemprego e o resultado comprovou uma associação entre estes números: na maioria dos casos, quanto maior o desemprego e menor o rendimento, maior a inadimplência.
O comparativo considerou os dados da Serasa Experian referentes ao percentual de inadimplentes existentes em cada capital do País, a renda média mensal dos trabalhadores empregados e o desemprego, ambos de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio – Pnad Contínua – do IBGE, no período de outubro/novembro/dezembro 2015.
A análise mostra que entre as nove capitais brasileiras com os maiores percentuais de inadimplência (Manaus, Porto Velho, Macapá, Palmas, São Luís, Teresina, Boa Vista, Maceió e Belém), em sete delas (Manaus, Porto Velho, São Luís, Teresina, Boa Vista, Maceió e Belém) o rendimento está entre os dez piores do País. Cinco delas (Manaus, Macapá, São Luís, Maceió e Belém) concentram as sete taxas de desemprego mais altas.
Manaus (AM), a capital com o maior percentual de dívidas atrasadas do Brasil, (38,1%), tem a sexta maior taxa de desemprego (11,1%) e o décimo pior salário médio (R$ 2.020). São Luís (MA) está em quinto lugar no ranking da inadimplência (36%), foi a segunda que mais desempregou (taxa de 13,5%) e possui a segunda renda nacional mais baixa (R$ 1.609).
Maceió é a oitava capital mais inadimplente do ranking (32,5%), teve a sétima maior taxa desemprego (10,8%) e registra a terceira menor renda brasileira (R$ 1.704). Nona colocada na tabela de inadimplência (31,8%), Belém registrou a quarta maior taxa de desocupação do Brasil (11,8%) e os rendimentos de sua população são os mais baixos entre as 27 capitais (R$ 1.581).
Segundo os economistas da Serasa Experian, o crescimento do desemprego e a menor renda reduzem a capacidade de pagamento dos consumidores. Dado que a inflação corrói o rendimento e o desemprego o destrói, o atual ambiente econômico marcado por inflação elevada e desemprego crescente forma uma combinação que pressiona os níveis de inadimplemento.