02/07/2019
Unir passa a cobrar taxas por serviços na universidade e caso repercute na web entre estudantes de RO
A norma aprovada em uma sessão do Conselho Superior de Administração (Consad) prevê a cobrança de taxas para diversos serviços da universidade que até então eram gratuitos.
A divulgação de uma resolução da Universidade Federal de Rondônia (Unir) tem causado revolta dos alunos nas redes sociais. A norma aprovada em uma sessão do Conselho Superior de Administração (Consad) prevê a cobrança de taxas para diversos serviços da universidade que até então eram gratuitos.
 
Dentre os serviços que passam a ser cobrados para os alunos de graduação estão a segunda chamada de prova (R$24), 2ª via de diploma (R$ 170), processo de reingresso (R$ 35), inclusão de disciplina (R$ 12).

Para segunda via de diploma de mestrado e doutorado a taxa chega a R$ 310. Os exames de proficiência em Língua Inglesa e Língua Espanhola custarão R$ 50.

A taxa para revalidação de diploma estrangeiro é de R$ 732. Se o diploma for de medicina, a taxa é de quase R$ 3,5 mil.

A resolução também determina que o valor cobrado nas inscrições de concursos e processos seletivos para técnicos e professores será de 2,5% da remuneração do cargo. A cobrança de inscrição no processo seletivo de alunos segue vedada.

Algumas hipóteses de isenção de cobrança das taxas estão previsas no documento. Estão incluídos alunos que faltarem a provas por motivos religiosos, serviço militar, tratamento médico ou reunião do Conselho Nacional de Avaliação da Educação Superior. A resolução não trata de alunos de baixa renda.

Passam a ser cobradas também taxas de pessoas de fora da universidade que queiram usar espaços como os auditórios e salas de treinamento dos campi com taxas de R$ 90 a R$ 306.

Segundo o diretor de planejamento da Unir, Edson Carlos Fróes, a decisão de cobrar essas taxas deve afetar principalmente o público externo que quer usar serviços da universidade. “A Unir continua pública, gratuita e de qualidade, que é o que a gente defende”, declara.

Fabrício Donizeti, pró-reitor de planejamento da Unir, destaca que esse tipo de cobrança já é realizada em outras universidade federais do país e diz que alunos mais carentes não serão prejudicados.

“A segunda via de um diploma tem um custo pra universidade pública comprar o papel especial pra aquilo. Então todas essas taxas teve uma comissão que trabalhou em prol disso. Tudo foi baseado na legalidade e isso foi aprovado com representatividade do DCE, inclusive o representante dos discentes aprovou a resolução”, diz.

No Twitrer, vários estudantes repercutiram a decisão da Unir e afirmaram que tal cobrança é um 'absurdo'. Outro aluno brincou dizendo que está com medo de se conectar ao Wi-Fi da Unir e receber em casa uma conta do uso pela rede.










 

Fonte: Diêgo Holanda — G1 RO
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