Coordenação de Proteção Ambiental registra em seis meses mais de 500 autos em crimes contra o meio ambiente em Rondônia
Os crimes de maior abrangência são o desmate, a extração e transporte irregular de madeira, no verão amazônico há pesca predatória por pescadores em atividade irregular, e com o clima seco ocorrem as queimadas.
Com o objetivo de ir além da fiscalização e autuação em casos de crimes ambientais, a Coordenação de Proteção Ambiental, da Secretaria de Desenvolvimento Ambiental de Rondônia (Sedam), atua para conscientização e equilíbrio do Meio Ambiente. Com planejamento anual, o trabalho de fiscalização acontece nas áreas de garimpo, flora, fauna, pesca predatória, queimadas e desmatamento. Porém, como o Estado farta-se de recursos naturais, diariamente são praticados ilícitos ambientais, sendo comum que os agentes de proteção sejam acionados para atender as demandas de flagrantes diversos.
Os crimes de maior abrangência são o desmate, a extração e transporte irregular de madeira, no verão amazônico há pesca predatória por pescadores em atividade irregular, e com o clima seco ocorrem as queimadas. De janeiro a junho deste ano, 515 autuações foram registradas em todo o Estado, conforme estatísticas da Sedam.
“Infelizmente as pessoas pensam que para a limpeza de uma área a terra ficará mais fértil, pelo contrário, a terra perde muitos nutrientes, pois os orgânicos acumulados durante o inverno se perdem com as queimadas. Além de ser cultural, é uma forma barata de limpeza com o incêndio. A prática do crime atinge outras áreas e os animais silvestres”, disse o coordenador Marcos Trindade.
Segundo o coordenador, quando uma área da floresta é desmatada, o homem faz a natureza mudar, cessam os alimentos dos animais, a temperatura aumenta, o clima modifica e a sociedade colhe consequências desastrosas e, muitas vezes, irreversíveis. Em trabalho conjunto com a Coordenadoria de Educação Ambiental da Sedam, uma cartilha de orientação e conscientização sobre os crimes ambientais está sendo elaborada, com um diferencial na linguagem cultural para entendimento prático e objetivo de conscientizar às pessoas que vivem à margem da lei para que sejam defensores do Meio Ambiente.
“Se não cuidarem de forma responsável e sustentável, uma hora tudo vai acabar. Queremos conscientizar que podemos explorar os recursos naturais de forma racional, gerando um ciclo de manejo, de forma que antes de chegar ao final da exploração seja possível retornar ao início, para possibilidade de nova exploração.”
Responsável por uma grande área geográfica, a Sedam conta com a coordenadoria na sede, em Porto Velho, e escritórios regionais destacados em alguns municípios, apoio à fiscalização, em parceria com a Polícia Ambiental, desenvolvendo operações e atendimentos às demandas da Ouvidoria Geral e Ministério Público.