Representantes do Governo de Rondônia se reuniram na manhã desta segunda-feira (15), no palácio Rio Madeira, com representantes da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) e da Central de Abastecimento de Pernambuco, juntamente às entidades e secretarias municipais e estaduais, para receberem conhecimento e estratégias para implantação da Central de Abastecimento (Ceasa) no estado.
Com projeto em fase de construção, a implantação da Ceasa em Rondônia promoverá os produtos e produtores à importação em larga escala. Como objetivos, administrar as instalações, orientando e disciplinando a distribuição e colocação de hortigranjeiros e outros produtos alimentícios no mercado consumidor. Executar os programas da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), em conjunto com a Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural) e Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Desenvolver e auxiliar com a política econômica de Governo, em estudos e pesquisas dos processos, condições e veículos de comercialização de gêneros alimentícios, no âmbito de sua competência operacional. Administrar um banco de alimentos por meio de Organização Não-Governamental. Efetuar compra, transporte e distribuição de gêneros alimentícios diretamente a varejistas e consumidores. Bem como a integração com as demais centrais de abastecimento do país.
O presidente do Ceagesp, Johnni Hunter Nogueira, ressaltou sobre a participação de entidades, como associações e sindicatos, que cuidam de seus interesses com base no mercado, e a valorização dos pequenos produtores. “Com benefício aos produtores da agricultura familiar, os prestigiando com local adequado ao tipo de comercialização”.
O coordenador da Seagri, José Paulo Gonçales, apresentou os números de entradas de produtos no Estado, para que os presentes observassem a ideia sobre as condições para implantação da Ceasa em Rondônia. Um levantamento junto à Secretaria de Estado de Finanças (Sefin), com quantitativo de produtos e seus valores de importados, destacou que 59% são de produtos do estado de São Paulo.
Rondônia conta com aproximadamente 110 mil propriedades rurais, inclusive com agricultura familiar, segundo José Paulo. Rondônia abastece o Acre, Peru, Bolívia e Manaus. Em Porto Velho, dois mercados municipais estão abertos diariamente, comercializando produtos regionais, além do espaço para a Feira do Produtor, que sofreu nos últimos cinco anos com duas cheias do Rio Madeira, funcionando especialmente aos domingos.
O projeto contempla estrutura para exposição dos produtos em pedras ou box, estacionamentos para visitantes e carga, fábrica de gelo, Banco de Alimentos, sede da administração, espaço institucional, banco de caixa, caixas eletrônicos, Correios, lanchonete, restaurante, Lotérica, farmácia. E está alinhado ao objetivo do governo do Estado, como ambiente de negócio a favorecer o desenvolvimento econômico, gerando renda e distribuição com combate à desigualdade, como acrescentou o secretário da Sefin, Luis Fernando Pereira da Silva. “A Sefin pode ajudar bastante no sentido de disponibilizar os dados, analisar em relação às potencialidades e oportunidades que temos em convergência de interesse com outros atores”.
O grupo técnico da Ceagesp apresentou as estruturas e o modelo de gestão das centrais de abastecimento no Brasil, observando a excelente localização da Central em Rondônia. A área destinada para a construção da Ceasa localiza-se em frente ao Distrito Industrial, sentido Cuiabá-Porto Velho, à margem da BR-364, há 17 quilômetros da capital e próximo ao Anel Viário, que dá acesso aos portos no Baixo Madeira e à BR-319, com saída à Rio Branco.
O projeto segue em fase de definição da equipe de trabalho e formato de constituição, estudo de mercado, fonte de recursos, licitação e implantação.
Participaram desta reunião, representantes da Seagri, Emater, Ceasa de Pernambuco, Ceagesp, Embrapa, Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Sindicato do Comércio Atacadista de Rondônia (Singaro), Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (Semagric), Idaron (Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril), Superintendência Estadual de Patrimônio e Regularização Fundiária (Sepat) e Departamento de Estradas e Rodagens (DER).