Foto: Pedro Barbosa/Governo do Tocantins/Reprodução
O cenário nacional, as dívidas dos estados com a União, a segurança pública e a educação pautaram os debates na reunião do Consórcio Brasil Central, que reúne governadores de estados do Centro Oeste e Amazônia. O encontro foi encerrado ao meio-dia, em Palmas, capital do Tocantins, na última sexta-feira (3).
Durante o encontro, o governador de Rondônia, Confúcio Moura, afirmou que é fundamental que os estados apresentem ao presidente interino Michel Temer e ao Congresso Nacional sugestões viáveis pra o país. Segundo ele, a experiência de governadores tem relevância que pode ser absorvida pelo poder central.
Para Confúcio, as propostas dos governadores, transformadas em consenso e apresentadas à Presidência da República representam um avanço, uma vez que se sobrepõem às demandas encaminhadas isoladamente.
“O presidente interino precisa das boas ideias que vêm dos estados”, declarou o governador. Ele acrescentou que este é um tipo de patriotismo que contribui para que o país supere a crise e se desenvolva.
Questionado sobre as dívidas que os estados têm com a União e que foram objeto de embate judicial, Confúcio Moura explicou que o momento em que foram firmadas, ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso, o momento era diferente. “A visão que tínhamos era outra, era possível quitar tudo. Mas o cenário está transformado e a contas ficaram impagáveis”, concluiu.
Os governadores trataram, durante a reunião, de temas diferentes. Eles firmaram, por exemplo, protocolo na área de segurança pública relacionado ao policiamento nas fronteiras e avaliaram a situação do crime organizado e o novo cangaço.
Também foi entregue um plano de educação integral para o Brasil Central, apresentadas ferramentas de combate ao Aedes aegypti e, ainda, o Programa Universidade Cooperativa do estado de Tocantins.
Com relação à divida dos estados com a União, foi firmado pacto em defesa do alongamento do pagamento até 2048, com carência de um ano.
O fórum de Governadores do Brasil Central é composto originalmente pelos estados de Rondônia, Tocantins, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal. O Maranhão foi o último a aderir ao colegiado.
Em reuniões regulares, os estados debatem problemas e buscam soluções comuns, uma vez que têm características similares, que incluem a produção de alimentos.