A presidente do Colegiado da Rede de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescente, Itaci Alves Ferreira, explica que a violência doméstica e sexual é na realidade um fenômeno, principalmente, quando se diz respeito a criança.
“Uma mãe na maioria das vezes não denuncia o pai ou o irmão da vítima. Existe uma conivência familiar. Sabemos que na cidade o local com índice de violência física maior contra a criança é na zona Leste. Sobre o ponto de vista epidemiológico a violência é crescente, não só em Rondônia. Essa é uma característica nacional. Que se deve a uma série de fatores: como um lar de drogadição, com histórico de violência, e se for realizado um acompanhamento em determinada família veremos um histórico de violência que vai se replicando. E o grande desafio da Rede de enfrentamento é quebrar esta cadeia contínua.”
O que fazer?
Caso a criança sofra violência, ou se tenha suspeita da mesma o Conselho Tutelar deve ser informado. Se constatada a violência é realizado o encaminhamento para um dos órgãos da rede municipal de Enfrentamento. “Se houver o estupro de uma criança ela é encaminhada para o Cosme e Damião, se adolescente em caso de mulher vai para a Maternidade Mãe Esperança, de homem para as Unidades de Pronto Atendimento (Upas). Caso necessite de psiquiatra, psicólogos temos o Centro de Atenção Psicossocial Infantil (Caps- I). Essa rede tem que ter um olhar sensível, para diariamente detectar casos e atender a estas crianças. Pois as pessoas que em sua maioria proporcionam esta violência são os pais, irmãos, parentes e conhecidos próximos”, explica Itaci.
O Conselho Municipal da Criança e Adolescente está situado na Rua Manoel Laurentino, 2212, Bairro Embratel.
Telefone (69) 3901 2864.