Delegacia da capital volta a registrar furtos de carros através do aparelho “Chapolin”
Cerca de seis veículos, entre caminhonetes e carros comuns, foram furtados em Porto Velho, nos últimos dois meses, através do uso do Chapolin. Em 2017 cerca de 880 veículos foram apreendidos e restituídos.
A Delegacia Especializada em Repressão à Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA) tem unido esforços para frear mais uma ação criminosa na capital. Uma ação que se beneficia da tecnologia em favor do crime, através do uso do aparelho eletrônico conhecido como “Chapolin”, uma espécie de controle remoto bloqueador de sinal.
Cerca de seis veículos, entre caminhonetes e carros comuns, foram furtados em Porto Velho, nos últimos dois meses, através do uso do Chapolin. Em 2017 cerca de 880 veículos foram apreendidos e restituídos. Em 2018 o número subiu para 997, dentre motocicletas, carros de pequeno porte, caminhonetes, caminhões e tratores, entre outros.
A delegacia conseguiu um feito importante em 2018, praticamente zerou o número de veículos furtados na capital. Este ano, a prática criminosa continua sendo combatida.
COMO O CHAPOLIN FUNCIONA
O aparelho bloqueia o sinal do alarme do veículo impedindo que as portas sejam travadas. A tecnologia “embaralha” os sinais eletromagnéticos, alguns mais sofisticados conseguem copiar até 4 códigos diferentes de segurança da chave. O nome faz referência ao personagem mexicano “Chapolin Colorado”, um herói conhecido por ser atrapalho, que em vez de ajudar, acabava prejudicando as vítimas.
“Na maioria dos casos, o infrator está próximo ao carro que é o alvo. Ele aperta o controle remoto, nesse momento a vítima aciona o aparelho e trava as portas como de costume, mas esquece de verificar. Como ambos os aparelhos possuem quase a mesma frequência, as portas do carro não travam, e quando a vítima sai, o carro fica desprotegido”, alertou Alessandro Morey, delegado titular da DERFRVA
Segundo ele, quase todas as vítimas não verificam se o veículo está com as portas travadas. E cerca de 99% delas, deixam a chave reserva dentro do carro, facilitando a ação dos criminosos.
O DESTINO
Segundo o delegado, boa parte dos veículos furtados são levados para a Bolívia e usados como “moeda de troca” por drogas. Outro destino é a venda, através da clonagem de placas, falsificação de documentos, além do desmanche, no qual o veículo é desmontado para a comercialização das peças.
A preferência dos criminosos, antes, era por veículos caros, luxuosos. Atualmente, todos os modelos de veículos estão sendo alvos de furtos.
COMO EVITAR O FURTO
A atitude de redobrar a atenção parece simples, mas tem inibido e dificultado ações criminosas como o furto de veículos, por exemplo. O delegado cita algumas dicas de segurança: “É preciso adotar o costume de verificar se as portas do veículo estão travadas, retirar a chave reserva e guardar em outro local que não seja no veículo, prestar sempre atenção ao redor, no movimento; evitar permanecer dentro do veículo após estacionar, mesmo dentro de supermercados ou outros estabelecimentos; não deixar objetos no carro; não entregar o DUT (Documento Único de Transferência) sem verificar o pagamento em conta bancária, evitando fraudes; é importante, também, usar equipamentos modernos de segurança, como rastreadores, bloqueadores e localizadores”, ressaltou o delegado.