Quatro maiores plataformas de redes sociais do mundo aderem a programa de combate a fake news do TSE
Os repórteres questionaram o que as plataformas se comprometem a fazer para evitar que notícias falsas interfiram no resultado das eleições do ano que vem, mas os representantes do Facebook, Google e WhatsApp não quiseram gravar entrevista.
O combate à desinformação é o principal desafio para as eleições municipais do ano que vem. A presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Rosa Weber, demonstrou essa preocupação.
“Os efeitos negativos da desinformação são potencializados pelo uso dos recursos tecnológicos, em especial a internet, e todas as possibilidades que ela proporciona – e não são poucas, como maior velocidade de transmissão das comunicações e novas formas de interação social. Também já registrei que a desinformação afeta os diferentes setores e atividades da sociedade, e põe em dúvida a credibilidade das instituições”.
Nessa terça-feira, as quatro principais plataformas de mídias sociais e serviço de mensagens do mundo aderiram oficialmente ao Programa de Enfrentamento à Desinformação com Foco nas Eleições 2020 do TSE. Além de Facebook, Google e WhatsApp, que estiveram na sede da Justiça Eleitoral em Brasília, o Twitter e outras 36 instituições fazem parte da iniciativa.
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A ministra Rosa Weber destacou os resultados esperados.
“Que essas entidades multipliquem esforços para mitigar os efeitos negativos provocados pela desinformação por meio de soluções capazes, por exemplo, de rebater práticas de desinformação; de educar, capacitar e conscientizar a coletividade sobre assuntos relacionados à desinformação; e de aprimorar a identificação do uso abusivo de boots e outras ferramentas automatizadas de divulgação de conteúdos”.
O coordenador do Programa de Enfrentamento à Desinformação, Ricardo Fioreze, lembrou que, no ano passado, o TSE tentou combater a divulgação de mentiras, as fake news. E avaliou que, dessa vez, o trabalho será diferente.
“Naquele momento, em função do curto espaço de tempo que havia, as providências foram mais reativas, no sentido de tentar checar o que de fato seria desinformação, para na sequência prestar a informação correta. Nesse momento, como lançamos o programa com antecedência bastante razoável em relação às eleições de 2020, a nossa intenção é fazer uma preparação completa, para reduzir esses índices”.
Os repórteres questionaram o que as plataformas se comprometem a fazer para evitar que notícias falsas interfiram no resultado das eleições do ano que vem, mas os representantes do Facebook, Google e WhatsApp não quiseram gravar entrevista.