Pesquisadores apresentam soluções para problemas na saúde pública em Rondônia
O PPSUS iniciou em 2002 apenas como projeto piloto, e a partir daí pesquisadores e estudantes de todo o país começaram a participar. Durante o Seminário realizado nesta terça-feira para avaliação das pesquisas realizadas em 2016.
Cuidar da saúde de toda uma população e ainda encontrar a cura ou a prevenção para inúmeras doenças não é tarefa fácil. Entre os esforços está o investimento em pesquisas, por isso profissionais exaltam a realização do Seminário Final de Avaliação do Programa Pesquisa para o SUS (PPSUS), que iniciou nesta terça-feira (29), em parceria com a Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Rondônia (Fapero), o Centro Universitário São Lucas, a Secretaria de Estadual de Saúde (Sesau), o Centro Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq), o Departamento de Ciência, Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (DECIT/SCTIE/MS) entre outros órgãos.
O evento, que acontece durante três dias (29,30 e 31), busca promover e incentivar a produção de pesquisas cientificas em saúde para o Sistema Único de Saúde (SUS). Esta já é a 4ª edição do programa que acontece em Rondônia, conforme explicou a coordenadora nacional do PPSUS, Marge Tenório. “Em Rondônia já foram investidos cerca de 2,5 milhões de recursos oriundos do Ministério da Saúde e da Fapero, que resultaram na contratação de 52 projetos de pesquisas já finalizados. Essas pesquisas norteiam as ações dos gestores públicos, com riqueza de dados, experimentos e cálculos científicos para o melhor planejamento de programas voltados à saúde pública”, destacou a coordenadora nacional.
O PPSUS iniciou em 2002 apenas como projeto piloto, e a partir daí pesquisadores e estudantes de todo o país começaram a participar. Durante o Seminário realizado nesta terça-feira para avaliação das pesquisas realizadas em 2016, a Doutora Bióloga Alcione De Oliveira dos Santos apresentou o tema ‘Virologia Molecular’, que tem como objetivo a implementação de um protocolo de resistência e monitoramento na rotina dos pacientes crônicos de Hepatite B. Segundo ela, embora a doença não tenha cura, o SUS oferece tratamento, e uma das dificuldades encontradas é o surgimento de mutações.
“A pesquisa buscou mostrar a importância e apresentar ferramentas que oferecessem assistência às equipes médicas, para a melhor escolha do tratamento. No caso da Hepatite B crônica, um protocolo de diagnóstico, resistência e monitoramento na rotina dos pacientes é uma excelente ferramenta que agora já está disponível para uso”, explicou a pesquisadora.
Este ano, a Sesau apresentou cinco eixos principais (Saúde Mental, Rede de Atenção as Urgências e Emergências, Saúde da Mulher, Criança e Adolescente, Promoção a Saúde e Gestão em Saúde) para que os pesquisadores possam elaborar pesquisas e desenvolver soluções.
“Este ano, estão sendo apresentados os projetos elaborados no PPSUS de 2016 a 2019 que serão validados. Esses projetos são de suma importância para a saúde pública, de forma que se conhecermos os nossos problemas, mas fácil será encontrar a solução”, esclareceu Joelma Rosário, coordenadora da educação permanente do Centro de Educação Técnico Profissional na Área da Saúde de Rondônia (Cetas).
De acordo com Andreimar Martins, diretor cientifico da Fapero, são escolhidas pesquisas que possam dar retorno à sociedade. “A Sesau cria os eixos prioritários para o desenvolvimento das pesquisas, e os pesquisadores, instituições e estudante buscam as soluções, nas oficinas realizadas durante os eventos. E com isso nós estamos cada vez mais aprimorando e elaborando a pesquisa em saúde aqui em Rondônia com recursos federais”, concluiu o diretor.