Operação Deforest: 16 suspeitos seguem presos por invasão de terras em RO
Os investigados teriam colocado policiais militares e capangas armados para fazer a cobrança de pedágio. Eles também intimidavam, extorquiam e ainda colocavam posseiros da terra para fora dos lotes.
A Polícia Federal (PF) confirmou nesta terça-feira (29) que 16 suspeitos investigados na Operação Deforest seguem presos, em Porto Velho. O grupo foi preso na semana passada e é investigado por invadir terras e extração ilegal de madeira.
A Deforest descobriu a prática dos crimes de homicídio, extorsão, lavagem de dinheiro e ameaça. Na investigação, o Ministério Público apurou que a organização criminosa tinha uma estrutura armada para resguardar os interesses fundiários do líder do grupo, "se valendo do poder econômico e dos cargos ocupados nas forças de segurança para intimidar moradores da região". O tráfico de drogas também foi alvo de investigação contra o mesmo grupo.
Chaules Volban Pozzebon é um dos investigados que segue preso em Porto Velho. Ele é considerado um dos maiores desmatadores do Brasil e foi preso na operação da PF no dia 23 de outubro.
Segundo o promotor de Justiça Marcus Alexandre de Oliveira Rodrigues, Chaules Volban, como líder, teria constituído uma espécie de milícia no campo armado.
Os investigados teriam colocado policiais militares e capangas armados para fazer a cobrança de pedágio. Eles também intimidavam, extorquiam e ainda colocavam posseiros da terra para fora dos lotes.
A Rede Amazônica entrou em contato com o escritório de advocacia que faz a defesa de Chaules Pozzebom e foi informada que não estão autorizados a passar informações sobre a defesa de Chaules.
Os mandados da operação foram cumpridos em Ariquemes (RO), Cujubim (RO), Monte Negro (RO), Porto Velho (RO), Manicoré (AM) e Araçatuba (SP).