Foto: Marisvaldo José/Decom Um grupo de deputados estaduais se reuniu com representantes do setor empresarial, nesta terça-feira (1º), na Assembleia Legislativa. Em pauta, a discussão de projetos de iniciativa do Executivo, que aumenta o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) e o Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).
“Estamos buscando um meio termo, negociando alternativas que contemplem a necessidade de aumento da arrecadação, que o Estado precisa, sem que isso afete ainda mais ao setor empresarial e à sociedade, que já paga uma alta carga tributária”, declarou o presidente da Assembleia Legislativa, Maurão de Carvalho (PP).
Participaram do encontro os deputados Adelino Follador (DEM), Marcelino Tenório (PRP), Jesuíno Boabaid (PTdoB), Léo Moraes (PTB), Hermínio Coelho (PSD), Laerte Gomes (PEN), Lazinho da Fetagro (PT) e Ribamar Araújo (PT).
“Aumentar imposto neste cenário de crise, com a sociedade pagando uma das mais altas cargas tributárias do mundo, é um risco. O setor empresarial não tem como absorver esse aumento e repassá-lo ao consumidor. Isso vai reduzir ainda mais as vendas de produtos e serviços”, relatou o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero), Marcelo Thomé.
As matérias, tramitando no Legislativo, criam o temor no setor produtivo de que gere prejuízos financeiros, demissões e retração na economia. “Queremos ampliar o debate, apresentar contrapropostas e alternativas ao aumento proposto pelo Governo, já que afeta toda a sociedade, desde o grande empresário ao trabalhador assalariado”, completou Thomé.
Marcelino Tenório chamou a atenção para o crescimento das despesas com a folha de pessoal, entre 2011 e 2015, da ordem de quase 80%. “Tem situações que é preciso um remédio amargo. Houve um crescimento na despesa e o Estado necessita de meios para ampliar sua arrecadação e cumprir seus compromissos”, observou.
Hermínio Coelho se posicionou contrário aos projetos e enfatizou que a pressão sobre a base de apoio ao Governo, formada pela maioria dos parlamentares, será muito grande. “O Executivo sabe que precisa votar neste ano, para assegurar a validade do aumento de tributos já em 2016. E o Governo vai fazer de tudo para garantir esse reajuste tributário”, acrescentou.