Em Rondônia doenças do coração e tumores são as principais causas de morte entre homens
Em Rondônia, há três anos que o infarto agudo do miocárdio e a hemorragia intracerebral são as principais causas de morte na população masculina de 50 a 59 anos. Em segundo lugar aparecem as neoplasias (tumores), sendo a principal delas o câncer de estômago, seguido do câncer de fígado.
A campanha “Novembro Azul” iniciou e a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) tem como estratégia principal a conscientização sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce da doenças que atingem o homem rondoniense.
Em Rondônia, há três anos que o infarto agudo do miocárdio e a hemorragia intracerebral são as principais causas de morte na população masculina de 50 a 59 anos. Em segundo lugar aparecem as neoplasias (tumores), sendo a principal delas o câncer de estômago, seguido do câncer de fígado. O câncer de próstata aparece em 9º lugar, de acordo com dados da Agência de Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa).
De janeiro até setembro deste ano; 174 homens morreram devido a problemas cardiovasculares no Estado.
O médico cardilogista, Raitany Almeida, explica que as doenças cardiovasculares, tanto o infarto como o acidente vascular cerebral (AVC) tem relação direta com a: hipertensão arterial, diabetes e colesterol alto.
” Existem fatores de riscos classificados em não modificáveis e modificáveis, que definem aqueles que possuem maior risco para a doença. Se nós conseguirmos controlar estas três doenças, a pessoa tem diminuído os riscos de ter problemas como infarto ou um AVC. As vezes a pessoa tem pressão alta e não sabe, então é preciso procurar uma unidade básica de saúde para fazer a prevenção.”
O homem costuma demorar mais para procurar o serviço. Foi o que aconteceu com o aposentado James de Queiroz de 57 anos. ” Eu demorei muito pra procurar um médico, quando fui já descobri que tinha pressão alta e estava com os rins comprometidos, hoje estou fazendo o ecocardiograma para fazer um transplante”.
As chances de vida dependem do tipo de infarto, que pode deixar sequelas ou ser fulminante. Entre os sintomas mais típicos estão: dor do lado esquerdo que irradia para o braço esquerdo e podendo sentir desconforto na região da mandíbula. Algumas pessoas tem vômito e falta de ar. Neste caso é preciso procurar um atendimento médico de emergência e urgência.
” O que é importante ressaltar é que, mesmo não sentindo nada, a pessoa precisa fazer os exames anuais para checar todos os fatores de risco, são simples e estão disponíveis na rede básica de saúde. Outra medida importante de prevenção é a prática de atividade física, aquela caminha de meia hora por dia, e não fumar”, explica o médico.
O AVC é a segunda causa de incapacidade em que o paciente não retorna ao trabalho no Brasil, explica a neurologista clínica, Marisa Marques de Oliveira, que atende na Policlínica Oswaldo Cruz, em Porto Velho.
“A gente sabe que o AVC é sempre secundário a alguma doença que o paciente tem e não trata adequadamente, a hipertensão e diabete Mellituss, lógico que existem os fatores em que não podemos modificar como idade e a predisposição, sendo a maioria modificáveis relacionada aos hábitos como sedentarismo, má alimentação e tabagismo”.
De acordo com a médica, quando o paciente chega para a consulta, muitas vezes está com hipertensão de classe dois pra três ou, até mesmo, já teve algum AVC com comprometimento de força e locomoção.
Entre os sintomas estão a perda de força ou sensibilidade, e quando é extenso, muitas vezes o paciente não mais recupera a capacidade, podendo até mesmo ficar cadeirante.
Existem dois tipos de acidente vascular cerebral; o isquêmico, quando uma artéria no cérebro é obstruída, muito relacionado as doenças de base. E o AVC hemorrágico, é causado pela ruptura de um vaso sanguíneo, mais relacionado a outros fatores com má formação ou aneurisma.
HIPERDIA
O programa acompanha todos os pacientes hipertensos e diabéticos a fim de que através do cuidado especial consigamos fazer um controle das doenças e garantir uma melhor qualidade de vida aos pacientes. Quem tem hipertensão arterial e diabéticos pode procurar a unidade básica de saúde mais próxima de sua residência para fazer o cadastramento e retirar suas medicações de acordo com os critérios do Ministério da Saúde.