Especialista alerta para o diagnóstico precoce dos diversos tipos de tumores malignos que afetam o homem rondoniense
As principais neoplasias malignas como causa de morte na população masculina rondoniense, na faixa etária de 20 a 59, são: estômago, fígado vias biliares, brônquios e pulmões, encéfalo, esôfago, cólon, mieloide, pâncreas, próstata e em décimo lugar o câncer de rim.
O câncer pode surgir em qualquer parte do corpo. Entretanto, alguns órgãos são mais afetados do que outros. As dez principais mortes por câncer (Neoplasia Maligna) equivalem a 44,79% dos óbitos em Rondônia em 2019, somando 288 óbitos, dados até 01 de outubro da fonte SIM/Agevisa.
As principais neoplasias malignas como causa de morte na população masculina rondoniense, na faixa etária de 20 a 59, são: estômago, fígado vias biliares, brônquios e pulmões, encéfalo, esôfago, cólon, mieloide, pâncreas, próstata e em décimo lugar o câncer de rim.
“Na faixa etária de 50 a 59 anos é onde registramos altos índices, foram 15 mortes causadas por câncer de estômago e 13 de fígado. De próstata foram 5, atualmente esse tipo de câncer está como nona causa de morte por neoplasias na nossa região. O alerta que fazemos é sempre focado na prevenção. O homem não pode descuidar”, analisa a coordenadora da Gerência em Programas Estratégicos em Saúde (GPES), Annelise Medeiros.
O técnico administrativo Luiz Gonzaga Pereira, 62 anos, precisa redobrar os cuidados por diversos fatores ligados à idade e também aos hábitos. Depois de levar um susto, ao descobrir que a próstata havia expandido, em 2017, Luiz Pereira faz acompanhamento rigoroso.
“Primeiro eu tive um problema nos rins, vieram os cálculos renais, eu sentia muita dor e, de repente, meu rim parou. Quando fui fazer a cirurgia para colocar o cateter, o médico descobriu que a minha próstata estava aumentada e decidiu fazer uma raspagem. Agora eu faço acompanhamento tanto dos rins quanto da próstata”, explica.
Aliviado, o técnico disse que já fez duas biópsias e ambas deram negativas para neoplasia maligna.
O médico urologista, Eládio Bosco Dorásio, que atende na Policlínica Oswaldo Cruz, em Porto Velho, explica que em geral, a partir dos 50 anos de idade, a próstata começa a crescer, o que é chamado de Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), um curso natural do organismo masculino. E que, como a próstata não para de crescer, a uretra fica comprimida, podendo causar a obstrução total e causando insuficiência renal.
“A doença tem tratamento, que alivia os sintomas e retarda a progressão da HPB. Por isso é importante o homem consultar o médico para fazer os exames de rotina e os complementares como PSA ( proteína que é liberada em altos níveis pela próstata quando há câncer, inflamação e infecção) e o toque retal. É questão de saúde, não pode existir preconceito. Devem fazer os exames de prevenção os homens de 45 anos, pra quem tem fator de risco, e 50 pra população masculina em geral”, alerta o especialista.
Felizmente, no caso de Luiz Gonzaga, o resultado deu negativo. Mas em casos de diagnóstico de câncer de próstata o tratamento consiste em cirurgia e radioterapia.
O diagnóstico precoce possibilita melhores chances de tratamento. A porta de entrada para o homem iniciar a prevenção é através da atenção básica, ou seja, na unidade básica de saúde mais próxima de sua residência.