CNC aponta queda histórica da confiança do comércio em maio
O resultado, de acordo com a CNC, foi influenciado pelos impactos econômicos do novo coronavírus. Em relação ao mesmo período do ano passado, a redução foi de 22,8%.
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio, medido pela CNC, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, registrou em maio sua maior queda mensal desde o início da realização da pesquisa, em março de 2011. O indicador caiu 20,9%, em sua terceira retração consecutiva.
Segundo os dados divulgados nesta terça-feira (02), o ICEC de maio ficou com 94,5 pontos e atingiu o menor nível desde setembro de 2016, chegando à zona de avaliação negativa, que é abaixo de 100 pontos.
O resultado, de acordo com a CNC, foi influenciado pelos impactos econômicos do novo coronavírus. Em relação ao mesmo período do ano passado, a redução foi de 22,8%.
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O item que mede o sentimento dos comerciantes referente à economia recuou 32,8% com relação a abril, registrando a maior redução na comparação com o mês anterior e atingindo 62,5 pontos, o menor patamar desde setembro de 2018. Além disso, para 67,2% dos entrevistados, a situação econômica atual está pior do que há um ano. É a maior proporção de avaliação negativa desde novembro de 2018.
Para a economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, o ICEC de maio confirma uma deterioração rápida e expressiva nas expectativas, principalmente em relação ao desemprenho econômico nos próximos meses. Ela chama atenção para o aumento no número de empresários que afirmaram ter intenção de reduzir o quadro de funcionários.
Izis também destaca o aumento do percentual de empresários dispostos a reduzir os investimentos: de 58,8%, ante 49,2%, em abril e de 46,8% em março. E avalia que a dificuldade de acesso ao crédito está fazendo com que cada vez mais comerciantes diminuam os planos de investimentos nas empresas.