Agentes da Delegacia do Meio Ambiente resgatam animais maltratados
Desde o início da semana, a Operação Salve patinhas 01 resultou em 80 visitas de fiscalização, quase todas motivadas por denúncias ao telefone 197. Após o resgate, eles foram entregues aos cuidados de organizações não-governamentais.
Oitenta cachorros que viviam mal alimentados, com falta d’água, mutilados, atacados por carrapatos infectados, alguns até acorrentados em lares de Porto Velho, respiram melhor desde o início da semana. Agentes da Delegacia de Repressão ao Crime Contra o Meio Ambiente, jurisdicionada à Polícia Judiciária Civil, os resgataram de uma vida dolorosa de sucessivos maus-tratos. Os donos foram autuados.
A realidade da Capital de Rondônia ainda choca. No entanto, o fator positivo é a prática da adoção que costuma ocorrer nessas ocasiões.
Desde o início da semana, a Operação Salve patinhas 01 resultou em 80 visitas de fiscalização, quase todas motivadas por denúncias ao telefone 197. Após o resgate, eles foram entregues aos cuidados de organizações não-governamentais.
A situação em Porto Velho já preocupava a polícia. Desde segunda-feira a operação, realizada pela primeira vez este ano, retirou do cativeiro cachorros em condições sofríveis, e um curió (Sporophila angolensis), ave da fauna silvestre, sem anilha.
Em operações anteriores, agentes dessa Delegacia, apoiados por fiscais do Ibama, apreenderam jabutis criados sem autorização, galos e galinhas malcuidados.
A situação de trabalho da equipe durante a quarentena foi prejudicada, e os casos de acumularam motivando a operação, explicou a delegada Janaína. “Inicialmente, a operação visa orientar as pessoas quanto à melhor maneira de criar animais. A repressão se dá quando situações se repetem, por isso, outras operações serão feitas ainda neste semestre”, ela anunciou.
Maus-tratos constituem crime previsto no Art. 32, da Lei Federal nº. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 (Lei de Crimes Ambientais): “Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa”.
Durante as visitas, os agentes constataram as situações mais comuns: falta de água e alimentação; prisão em correntes muito curtas diuturnamente; e abandonados em locais sem qualquer asseio. Alguns deles estavam impossibilitados de locomoção adequada, sofrendo muito com o ataque de carrapatos que transmitem doenças.
A delegada Janaína lembrou às pessoas que, ao se responsabilizar por um animal, cuidem bem dele, física e emocionalmente. “Animais sentem medo e dor, mas se recebem amor, serão fiéis e carinhosos para sempre”.
Segundo a delegada, no caso de abandono de animais de ruas, ONGs e prefeituras podem ser acionados.
Ela manifestou gratidão ao apoio das ONGs e associações que receberam animais resgatados: Socorristas Animais, Patudinhos, Voluntário Animal, Adote um amor. “Antecipadamente, a todos os protetores e associações que procuram cuidar bem dos animais”, disse.
A delegada pede que toda denúncia encaminhada ao telefone 197 seja clara a respeito dos pontos de referência para a localização do imóvel. “Assim, a equipe chega com mais facilidade ao local”, explicou.
A Polícia Civil divulgou parte da operação no Instagram
PARA ADOÇÃO
Alguns animais resgatados estão à disposição para adoção na Delegacia de Repressão a Crimes Ambientais, na Avenida Amador dos Reis nº 3214, Bairro JK I. Telefones 69-3229-5395 e 69-3226-1188. E-mail: derccma@pc.ro.gov.br