Banco de Sangue nunca precisou tanto da boa vontade e da sensibilidade de doadores em Rondônia
A Fundação alertou na terça-feira (28) a respeito de os próprios recuperados do ataque do novo coronavírus poderem doar “sem medo”, 30 dias após concluírem o tratamento. Esse encorajamento será divulgado em redes sociais.
É inadiável a decisão de doar sangue em Porto Velho, conclui a Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Rondônia (Fhemeron). O estoque do tipo A+ caiu para apenas 30 bolsas, O+ também falta, doadores praticamente “desapareceram”.
A Fundação alertou na terça-feira (28) a respeito de os próprios recuperados do ataque do novo coronavírus poderem doar “sem medo”, 30 dias após concluírem o tratamento. Esse encorajamento será divulgado em redes sociais.
Se a situação melhorar, o momento de escassez pode se tornar momento de contentamento. É o que espera a coordenadora de captação Maria Luíza Pereira.
“A pandemia trouxe momentos de solidariedade humana, mas também causou a falta de doadores; temos penado para atender quem precisa”, desabafa Pereira.
Para não deixar faltar sangue necessário a transfusões em pacientes graves internados nos hospitais da Capital, a Fhemeron tem se esforçado além da conta. “Verdadeiro malabarismo”, comentou a assistente social. “Do ponto de vista humano, não sabemos mais como chegar às pessoas, que ultimamente se sensibilizam de verdade apenas quando veem os discursos nas redes sociais”, disse Maria Luíza.
No cômputo geral de doadores, a Fhemeron pôde contar com militares do 5º Batalhão de Engenharia de Construção (BEC), os quais costumam atender aos chamados. Mas a Fundação necessita ampliar outra vez suas ações, obtendo o comprometimento daqueles dispostos a fazer a sua parte no restabelecimento da saúde de pacientes internados em estado grave.
É o caso de Vanessa Dutra Castelo, 37 anos, mãe de uma filha de quatro anos, moradora no bairro Nova Floresta. Em 2014 ela começou a doar, quando a mãe, Maria de Lourdes, 71, adoeceu. “Eu precisava cuidar dela, e aí doei”, contou. Repetidas vezes têm sido assim, lembrou Vanessa. Ela se sentiu feliz ao saber que seu nome também consta no fichário de doadores de medula óssea.
“VENHAM”
A coordenadora Maria Luíza reiterou as boas condições da Fhemeron para receber doadores, informando que todos os cuidados exigidos pela saúde pública ali são respeitados: o ambiente da sala é limpo e climatizado e os funcionários mantém o devido distanciamento entre as cadeiras.
“As pessoas podem se comunicar conosco a qualquer dia e qualquer hora, não temam doar agora; como eu já disse, os próprios recuperados da Covid-19 são os mais indicados para vencer qualquer medo”, ela apelou.