A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (19), a Operação Unplugged, de repressão à pornografia infantil na internet. Os mandados de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Federal da Secção Judiciária de Rondônia, foram cumpridos em uma residência no bairro Areal e em um condomínio de luxo no bairro Rio Madeira, ambos nesta capital.
Um dos investigados da operação é médico contratado pelo município de Porto Velho (RO) e já responde por abusos praticados contra pacientes e crianças.
A pasta da saúde informou que ainda não foi notificada e que não irá se manifestar sobre o tema por hora.
Durante o cumprimento das buscas, os dois investigados foram autuados em flagrante pelo delito de armazenamento de imagens e vídeos de exploração sexual infantil (Artigo 241-B, do ECA), fato constatado no cumprimento dos mandados de busca e apreensão.
A Polícia Federal apreendeu, no interior das residências, equipamentos eletrônicos utilizados pelos investigados nas condutas criminosas. Os detidos foram levados para a sede da PF em Porto Velho (RO) para procedimentos policiais e, ao final, encaminhados ao sistema prisional estadual, onde permanecerão à disposição da Justiça.
As investigações iniciaram a partir de relatório produzido pelo Grupo de Repressão a Crimes Cibernéticos em Rondônia (GRCC/RO). Foram identificados e presos dois usuários que armazenavam milhares de arquivos de pornografia infantil e os compartilhavam por meio de aplicativo específico.
As penas para o delito de armazenamento de imagens e vídeos de exploração sexual infantil (Artigo 241-B, do ECA) podem chegar a 4 (quatro) anos e para o crime de disponibilização/divulgação de material de pornografia infantil na internet (artigo 241- A, do ECA) a 6 (seis) anos por cada compartilhamento realizado.
O nome da operação significa desconectado em inglês, remete à atuação da Polícia Federal no combate aos crimes de pornografia infantil na internet.