Bolsonaro desiste de criar Renda Brasil e diz que manterá Bolsa Família
Conforme adiantado pelo Valor, a equipe do ministro da Economia estudava desvincular o reajuste do salário mínimo das aposentadorias como forma de financiar o Renda Brasil.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje que desistiu de criar o programa Renda Brasil e que manterá o Bolsa Família até o final de seu governo. Em vídeo publicado nas redes sociais, ele rechaçou a ideia de congelar salários de aposentados e pensionistas para financiar o programa assistencial e disse que só pode “dar um cartão vermelho” a quem apresentar esta proposta.
Conforme adiantado pelo Valor, a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, estudava desvincular o reajuste do salário mínimo das aposentadorias como forma de financiar o Renda Brasil, informação que foi confirmada posteriormente pelo secretário de Fazenda, Waldery Rodrigues.
“Eu já disse há algumas semanas que jamais vou tirar dinheiro dos pobres para dar aos paupérrimos. Quem, porventura, vier me apresentar uma medida como essa, eu só posso dar um cartão vermelho para esta pessoa. É gente que não tem o mínimo de coração, o mínimo de entendimento de como vivem os aposentados no Brasil”, afirmou Bolsonaro.
“Pode ser que alguém da equipe econômica tenha falado neste assunto. Mas, por parte do governo, jamais vamos congelar salários de aposentados, bem como jamais vamos fazer com que o auxílio para idosos e pobres com deficiência sejam reduzidos por qualquer coisa que seja.”
Ao final do vídeo, de forma enfática, Bolsonaro admitiu a desistência de levar adiante o Renda Brasil: “Até 2022, o meu governo está proibido de falar a palavra Renda Brasil. Vamos continuar com o Bolsa Família e ponto final”.
A mensagem foi divulgada após Bolsonaro convocar Guedes para uma reunião que não estava prevista na agenda.