A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta manhã de quarta-feira (01) a Operação Alcance visando desarticular esquema criminoso de envio de carregamento de drogas de Rondônia para a cidade de Fortaleza (CE), assim como núcleo voltado à lavagem de capital proveniente do tráfico sediado em Porto Velho (RO).
Aproximadamente 200 policiais federais cumprem os 102 Mandados Judiciais, sendo 42 de Prisão Preventiva e 60 de Busca e Apreensão. Há ordem judicial de bloqueio de valores bancários, demandados pela Vara de Delitos de Tóxicos de Porto Velho/RO.
Os mandados judiciais estão sendo cumpridos em seis cidades diferentes, sendo Porto Velho, Cacoal (RO), Guajará-Mirim (RO), Fortaleza (CE), Boa Vista (RR) e Santa Luzia (MG). As investigações foram iniciadas em agosto de 2020 com a finalidade de identificar a participação dos integrantes da Organização Criminosa (ORCRIM) sediada em Porto Velho e liderada por indivíduo foragido condenado em 2015 a aproximadamente 40 (quarenta) anos de prisão por tráfico, associação e lavagem de dinheiro.
Durante as investigações constatou-se que os integrantes do grupo criminoso atuavam em duas frentes: um núcleo responsável na remessa de droga através de carretas para o Estado do Ceará e outro na ocultação do patrimônio. Após o cumprimento do mandado de prisão do líder da OrCrim em novembro de 2020 quando usava documento falso, descobriu-se a magnitude das transações.
Sete remessas de drogas foram apreendidas totalizando cerca de uma tonelada de cocaína. O dinheiro da droga era recebido de forma dissimulada em contas bancárias de interpostas pessoas e empresas, sendo que estas recebiam aproximadamente 3% do valor movimentado. Além das inúmeras identificadas, em uma delas a OrCrim chegou a receber R$1.500.000,00 no interstício de 15 dias.
Há empresa com movimentação financeira de aproximadamente R$ 85.000.000,00 em 2020 sem sequer possuir sede física. Parte do patrimônio estava sendo ocultado através de postos de gasolinas, empresas, garagem de veículos, sítios, jet-ski e imóveis de luxo.
Os presos, após serem ouvidos pela Polícia Federal, serão encaminhados para o sistema prisional onde responderão pelos crimes de tráfico interestadual de drogas, organização criminosa, bem como lavagem de dinheiro cujas penas somadas podem chegar a mais de 40 anos de prisão.
O nome da Operação é atinente aos esforços despendidos para alcançar os integrantes e o líder da Organização Criminosa foragido da Justiça desde o ano de 2015.