A Prefeitura de Porto Velho atingiu a marca de meio milhão de doses de vacinas aplicadas contra a covid-19. De acordo com dados do Ministério da Saúde, na manhã desta quarta-feira (22), a capital contabiliza 500.629 doses aplicadas, sendo 334.205 de primeira dose, 157.945 de segunda dose e 8.479 de dose única.
O prefeito Hildon Chaves agradeceu e parabenizou a todos os profissionais, que nesses oito meses de trabalho, direta ou indiretamente, contribuíram e continuam contribuindo para que o município avance ainda mais no processo de imunização.
"Foi necessário implantar uma logística junto à Secretaria Municipal de Saúde, e elaborar inúmeras estratégias para poder chegar a toda população. Ofertamos a vacina mesmo para aqueles que moram mais longe do centro urbano da capital. Foram várias campanhas para conscientizar a população sobre a importância em não deixar de se vacinar, e levar nossos vacinadores do Alto ao Baixo Madeira", afirmou Hildon Chaves. "É importante ressaltar o trabalho feito por todos os profissionais de saúde e colaboradores que nos ajudaram nesse processo, que continua, porque ainda temos um grande desafio pela frente. A vacinação não para", agradeceu o prefeito.
Porto Velho registrou o primeiro caso autóctone de infecção humana pelo novo coronavírus no dia 31 de março de 2020 e os primeiros casos importados em 21 do mesmo mês. Já em relação à vacinação, as primeiras doses foram aplicadas no dia 19 de janeiro deste ano.
A secretária adjunta da Semusa, Marilene Penatti, destacou a importância do empenho de toda equipe e voluntários envolvidos para o sucesso e avanço da vacinação. "É um momento que a gente faz uma reflexão do quanto são importantes os servidores, o quanto isso tem ajudado para a redução do número de casos. A pandemia aqui em Porto velho deu uma arrefecida considerável. E é graças a esse trabalho, de cada um desses envolvidos, voluntários, estudantes, professores e os nossos incansáveis trabalhadores".
NA LINHA DE FRENTE
A técnica em enfermagem Maria Helena da Conceição, que há 12 anos trabalha na saúde do município, e há dez como vacinadora lotada na Unidade de Saúde do bairro Castanheira, zona Sul da cidade, comemora o feito.
Requisitada pela Divisão de Imunização da Semusa para fazer parte da equipe de vacinação contra a covid-19 desde o início dos trabalhos, ela disse que está muito feliz pelas 500 mil doses alcançadas, porque significa que milhares de vidas foram salvas. “Estou radiante. Com certeza isso contribuiu para diminuir a pandemia”, comentou.
Helena contou que sua primeira missão no posto do dever é organizar a sala onde ficam as vacinas, receber todo material disponibilizado para aquele dia e preparar as doses da Pfizer, que precisam ser diluídas em soro fisiológico. “Esse processo é feito logo cedo, pois às 9h começamos a vacinar as pessoas”, explica.
No início, segundo Helena, foi um choque de realidade sair da sala onde trabalhava para fazer a imunização em massa no meio de uma pandemia, ainda mais com uma vacina que ela não conhecia. “Foi estranho, mas, ao mesmo tempo, gratificante para mim, pela oportunidade de salvar a vida de muitas pessoas junto com meus colegas de trabalho”, completou.
Ainda que os casos da doença e de mortes tenham diminuído, Helena pede que as pessoas continuem tomando todos os cuidados. “Isso demonstra que a vacina é muito importante e que a Prefeitura está cumprindo com o seu papel, mas todos devemos fazer a nossa parte para sairmos logo desse caos que afeta o Brasil e o mundo”, finalizou.
EMOÇÃO E DEDICAÇÃO
A vacinadora Thaís Leite também compartilhou um pouco da sua rotina de trabalho em meio à pandemia. Disse que acompanhou com muita ansiedade a aprovação e a chegada dos primeiros lotes de vacina. Ela conta que também estranhou muito ter que participar de uma campanha em massa, no meio da pandemia, mas o foco maior sempre foi salvar pessoas.
“Nós atuamos de uma forma compromissada, de forma incansável, de segunda a segunda, manhã, tarde e noite, porque era preciso. Nós acreditamos nisso: que a única forma de salvar vidas é por meio da vacinação, e a nossa equipe está comprometida desde o início”, frisou.
Thaís também conta que ficou muito emocionada quando a Prefeitura recebeu o primeiro lote da vacina CoronaVac. “Foi um momento de emoção, de saber que você está pegando uma vacina que é a esperança para salvar vidas, que chegou a esperança e que a nossa atuação enquanto profissional era fazer o máximo possível, como nós estamos atuando hoje”, completou.
SEM BARREIRAS
A vacinadora ainda falou dos desafios para chegar com os imunizantes às localidades mais distantes, como na região do Baixo Madeira e na Ponta do Abunã, na BR-364 sentido Acre, onde muitas famílias carentes não têm como se deslocar até a capital.
Para chegar em Nova Califórnia, último distrito de Porto Velho, na fronteira com o Acre, são seis horas de viagem de carro e o cansaço era inevitável, mas no final valia a pena.
“O máximo de pessoas que nós temos para atender é o máximo de pessoas que estamos levando vida. Quanto mais pessoas eu tiver para vacinar, melhor é”, disse.
PÚBLICO RECONHECE
O esforço e a dedicação dos vacinadores e de toda equipe envolvida não passa despercebido do público. A auxiliar de limpeza Lucilene Trindade, que se vacinou na última semana, destacou a relevância do trabalho dos profissionais da saúde que atuam na linha de frente contra a covid-19.
“Acho que o trabalho deles é muito importante. Com eles aplicando a vacina, a gente se protege mais e também protege a nossa família. Por isso, também é muito importante que todos venham se vacinar. Assim, não levamos a doença para dentro da nossa casa, principalmente onde tem idosos. Esses profissionais estão de parabéns”, destacou Lucilene.