Pessoas com sintomas gripais devem evitar UPAs e buscar atendimento nas unidades de saúde
A recomendação da Prefeitura Municipal é para que as pessoas com sintomas como febre, dificuldade para respirar e coriza busquem atendimento nas unidades básicas de saúde no período da tarde.
O número de atendimentos triplicou nas últimas semanas nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Porto Velho, e parte da demanda tem origem num surto de gripe que ocorre na cidade. A recomendação da Prefeitura Municipal é para que as pessoas com sintomas como febre, dificuldade para respirar e coriza busquem atendimento nas unidades básicas de saúde no período da tarde, onde o movimento é reduzido.
Segundo a secretária municipal de Saúde, Eliana Pasini, nas UPAs, além dos pacientes de urgência e emergência, estão em tratamento os doentes que foram estabilizados, mas não conseguiram leito nas unidades do estado. “As equipes estão cuidando até de pessoas entubadas, que necessitam de cuidados constantes, e isto compromete a recepção correta de quem chega com outras patologias”, explica.
ATENDIMENTO
O tempo de espera no atendimento de pessoas com casos que não apresentam gravidade tem provocado descontentamento de alguns usuários.
“Temos adotado todas as providências para atender bem. As unidades básicas, por exemplo, estão abertas pela manhã para acolher quem precisa das vacinas de rotina e outros serviços. À tarde, as equipes dedicam-se ao atendimento das pessoas com síndromes gripais e vacinas contra a covid-19”, acrescenta a secretária.
Ela destaca ainda que os problemas respiratórios também afetam os profissionais da área de saúde, fazendo com que algumas equipes trabalhem com efetivo reduzido, o que agrava a situação.
EPIDEMIA
A explosão de casos de gripe é explicada por Daniele Souza, assessora técnica de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), como resultado do relaxamento das práticas preventivas durante as festas de fim de ano. “As pessoas deixaram, ainda que por pouco tempo, de usar máscaras, manter o distanciamento social e de manter a higienização das mãos corretamente”, resume.
A epidemia de gripe, conforme Daniele Souza, também poderia ser evitada se a população tivesse recebido a vacina durante a campanha, que iniciou em abril e foi encerrada nesta segunda-feira (10).