Com o período chuvoso, os casos de dengue, chikungunya e zika aumentaram no Estado. O Boletim Epidemiológico da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), aponta que os municípios de Rondônia estão em um período de atenção.
Até o momento, os casos confirmados de dengue chegam a 625, um aumento de 55%, se comparado com o mesmo período de 2021. Para chikungunya, foram confirmados quatro casos neste ano, tendo redução de 50%. Em relação aos casos de zika, são oito, aumento de 300%. Comparado com o mesmo período de 2021, quando houveram apenas dois.
“A informação pode ser acompanhada no Boletim Epidemiológico da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), publicado no portal oficial do Governo do Estado, que detalha a situação das notificações realizadas nos municípios de Rondônia e aponta para um momento de atenção”, alertou o diretor geral da Agevisa, Gilvander Gregório.
O aumento dos casos ocorre após as chuvas, que naturalmente acumulam água em diversos locais como nos tanques em obras, garrafas, calhas, sucatas em pátios, pneus, os lixos domésticos, entulhos de lixos e ferro velhos. Todos esses locais favorecem o aumento dos criadouros e a infestação por larvas do mosquito Aedes.
A Agevisa alerta para a vigilância ativa, por meio das medidas de controle do mosquito Aedes, como forma de prevenir a ocorrência do aumento dos casos das arboviroses (doenças causadas por vírus transmitidos pelo mosquito Aedes).
A técnica da Gerência Técnica de Vigilância Ambiental, Joana Neves, que trabalha com o monitoramento da situação epidemiológica dos municípios, ressalta a importância da notificação dos casos suspeitos, para identificar a circulação das arboviroses nas localidades silenciosas, além disso, é importante realizar as ações de levantamento entomológico.
LEVANTAMENTO ENTOMOLÓGICO
Este levantamento é uma atividade realizada pelos municípios que, de acordo com normas do Ministério da Saúde, deve ser executado quatro vezes ao ano com objetivo de identificar as áreas das cidades com maior ocorrência de focos do mosquito e os criadouros predominantes. “As informações possibilitam intensificar ações nos locais com maior presença do mosquito Aedes, transmissor da dengue, zika e chikungunya”, assegurou a chefe do núcleo da gerência, Glauciane Tavares.
As recomendações para o momento envolvem todos os moradores que em suas residências podem colaborar por meio de uma ação semanal para impedir que os ovos, larvas e pupas do mosquito cheguem à fase adulta, freando a transmissão dessas doenças. A mobilização de toda a sociedade soma esforços, e é primordial para impedir a proliferação do mosquito, o que deve ocorrer de forma contínua ao longo do ano e com maior intensidade no período chuvoso.
MÉTODOS DE PREVENÇÃO
Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;
Mantenha lixeiras tampadas;
Deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
Mantenha ralos fechados e desentupidos;
Lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
Retire a água acumulada em lajes;
Mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
Evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;
Caso apresente sintomas de dengue, chikungunya ou vírus da zika, procure uma unidade de saúde para o atendimento.
Principais sintomas da dengue. Ao percebê-los, o paciente deve procurar o serviço de saúde: