A grandeza do setor produtivo de Rondônia se faz notar pelos números. Na pecuária, o Estado continua batendo recordes e, com o rebanho bovino ultrapassando as 16,2 milhões de cabeças, continua sendo o maior rebanho dentro das áreas brasileiras reconhecidas internacionalmente como livre de febre aftosa sem vacinação. Dados registrados pela Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron) apontam que o rebanho bovino de Rondônia possui 16.240.416 (dezesseis milhões duzentos e quarenta mil quatrocentos e dezesseis) cabeças de gado.
De acordo com o médico veterinário Fabiano Alexandre dos Santos, gerente de Defesa Sanitária Animal da Agência Idaron, muitos fatores contribuíram para este crescimento, que faz a região despontar também como líder de produção de gado na Amazônia. “Um desses fatores é a forte atuação da Idaron junto às propriedades rurais e a fiscalização do trânsito de animais de produção dentro do território. Destaco ainda o firme compromisso do pecuarista que tem mantido vigilância contra doenças e cumprido todas as medidas sanitárias adotadas pela Idaron, em consonância com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)”, salientou.
Com todo o rigor sanitário e comprometimento do produtor, o resultado não poderia ser outro, a carne produzida em Rondônia é visada por grandes mercados consumidores, o que anima ainda mais os pecuaristas.
Dentre os municípios, quatro detém o título de maiores produtores de gado, Porto Velho, Nova Mamoré, Buritis e Jaru. Porto Velho é o primeiro, com um rebanho superior aos 1,47 milhões de cabeças, em mais de 8,2 mil propriedades rurais. A predominância da região é a criação de gado de corte. Nova Mamoré, o segundo maior produtor, tem 886,7 mil cabeças, Buritis, o terceiro, registrou 581,1 mil bovinos e Jaru possui um rebanho de mais de 567,2 mil cabeças.
No que se refere ao rebanho bubalino, Rondônia tem 6,1 mil cabeças e Porto Velho também lidera na criação dessas espécies, com 820 cabeças. “Não há dúvida de que o estado de Rondônia é uma grande potência produtiva de carne e derivados na Amazônia. Esse desempenho é reflexo do esforço do Governo de Rondônia no seu projeto de desenvolvimento sustentável para o setor, por meio da Idaron”, destaca Júlio Cesar Rocha Peres, presidente da Agência de Defesa Sanitária.
O crescimento da pecuária se converte em cifras, fortalecendo a economia rondoniense. Atualmente, Rondônia exporta praticamente toda de sua produção, 76 milhões de toneladas de carne por trimestre, em média, o que gera um efeito positivo de US$ 329 milhões (dólares) no mesmo período na balança comercial do Estado.
O dirigente da Idaron lembra que desde 2003, quando o Estado de Rondônia foi declarado livre da febre aftosa, com vacinação, foi constatado um impulso considerável na produção de bovinos, e que neste processo, alguns fatores foram decisivos. Segundo ele, com o aumento da procura da carne de Rondônia, a agropecuária tradicional passou por uma grande transformação, que exigiu o emprego de tecnologia reprodutiva para geração de animais de alta performance – precocidade, acabamento e carcaça – e de tecnologia de manejo de pastagem e nutrição, entre outros que foram decisivos na conquista de novos mercados pelo mundo. Nesse sentido, podemos considerar ainda que a condição sanitária dos nossos rebanhos, fruto de uma auspiciosa parceria público privada, devidamente certificada pelos organismos internacionais, atrai cada vez mais os mercados mais exigentes.
Júlio Peres destaca também as iniciativas de industrialização, com a instalação de grandes plantas frigoríficas e de laticínios, em todas as regiões do Estado, o que impulsionou positiva e concretamente os níveis da produção e as exportações rondonienses.