Agevisa orienta limpeza de quintais uma vez por semana para eliminar criadouro do mosquito da dengue
Houve aumento de 99% no número de casos confirmados de dengue no Estado, de 590 para 1.172 casos confirmados da doença nos dois primeiros meses do ano, quando comparado a 2021.
Dados consolidados sobre as doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti nos moradores de Rondônia dão conta que houve aumento de 99% no número de casos confirmados de dengue no Estado, com elevação de 590 para 1.172 casos confirmados da doença nos dois primeiros meses do ano, quando comparado a 2021. A situação chama a atenção e preocupa profissionais que atuam na área da epidemiologia para os riscos à saúde da população.
Em contraponto ao estágio de risco e alerta para a infestação do mosquito Aedes, odiretor geral da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) Gilvander Gregório de Lima, destaca medidas que podem frear a proliferação do vetor: a eliminação do lixo doméstico e entulhos, geralmente esquecidos em quintais e áreas abertas. “Tem um estudo realizado entre as equipes da Saúde explicando que se cada cidadão limpar seu quintal pelo menos uma vez por semana é possível eliminar os criadouros do mosquito no decorrer de 30/40 dias”, pontua o diretor.
A explicação demonstra ser simples: é que o período de maturação entre o ovo, larva até que o vetor se torne um mosquito adulto é de sete dias, ou seja, se a cada sete dias o local onde poderia ser um criadouro não existir, não haverá ambiente para proliferação do mosquito.
Gregório explica ainda as formas para evitar a infestação do mosquito, que são: eliminar os criadouros que acumulem água (latas, recipientes plásticos, garrafas e entulhos diversos), lavar pratos de vasos de plantas e vasilha de água dos animais; tampar fossas e caixas d´água e vedar, com o uso de telas ou até mesmo meia fina (sem uso), por exemplo, os suspiros de fossas e sumidouros. “Na verdade é preciso ser detalhista e cuidadoso. Se todos nós agirmos com prevenção conseguiremos eliminar os criadouros e consequentemente a dengue, zika e chikungunya, doenças tão prejudiciais à saúde”, destaca.
DADOS
Os dados consolidados da Agevisa alertam que nos 52 municípios do Estado registraram 1.172 casos de dengue nos dois primeiros meses do ano e no mesmo período do ano passado foram confirmados 590 casos.
A zika também registrou aumento de casos confirmados no mesmo período, subindo de dois casos em 2021 para oito casos este ano.
Já a chikungunya registrou queda de 12 casos em 2021 para seis casos em 2022, tendo como base os dois primeiros meses do ano; no entanto, a equipe de epidemiologia da Agevisa ressalta que a queda do número de casos de chikungunya pode estar relacionada à subnotificação, ou seja, mais pessoas podem ter sido infectadas no entanto não procuraram Unidades de Saúde e por isso o caso não foi notificado no sistema de dados.
INFESTAÇÃO
Atualmente em Rondônia, 47 municípios estão infestados pelo mosquito Aedes aegypti; dez estão em situação de risco, ou seja, são locais com capacidade de alta infestação para as três doenças causadas pelo mosquito; outros 37 municípios estão em situação de alerta, ou seja, há infestação por Aedes, mas em nível considerado inferior que o estado de risco; quatro estão em estado considerado satisfatório e um município não realizou levantamento entomológico.
“Os municípios em condição satisfatória significa que há uma quantidade aceitável do mosquito, pois não tem como exterminar o vetor do meio ambiente, mas não quer dizer que não se deva fazer nada. A recomendação também vale para eles”, enfatiza Gregório.
Os municípios que estão em situação de risco em relação a infestação do Aedes são: Ariquemes, Cacaulândia, Cacoal, Espigão do Oeste, Itapuã do Oeste, Jaru, Monte Negro, Nova Brasilândia, Nova Mamoré e Seringueiras.
As informações constam no Boletim Epidemiológico divulgado pelo Governo de Rondônia junto aos 52 municípios, por meio da gerência epidemiológica da Agevisa. No documento, divulgado a cada 15 dias, é possível encontrar mais detalhes sobre a incidência da dengue, zika e chikungunya no Estado.