12/04/2022
Continuidade do impasse entre SINPRO/SINTEEP e SINEPE poderá levar a dissídio coletivo no TRT
O sindicato patronal oferece apenas 5% de reajuste, mais R$11,00 de aumento no auxílio alimentação. Já o SINPRO/SINTEEP mantiveram a reivindicação de aproximadamente 30% de reposição, em função dos reajustes sempre abaixo da inflação nos últimos anos.
Em reunião realizada na tarde da última quarta-feira (06) entre os sindicatos dos Professores de Faculdades e Escolas Particulares (SINPRO) e Sindicato dos Trabalhadores em educação dos Estabelecimentos Particulares (SINTEEP), após várias horas de debates com a entidade patronal, Sindicato dos Estabelecimentos de ensino Particulares (SINEPE), as partes não chegaram a um acordo.O sindicato patronal oferece apenas 5% de reajuste, mais R$11,00 de aumento no auxílio alimentação. Já o SINPRO/SINTEEP mantiveram a reivindicação de aproximadamente 30% de reposição, em função dos reajustes sempre abaixo da inflação nos últimos anos.
Ao final ficou o encaminhamento no sentido das partes apresentarem novas propostas na terceira rodada de negociação, que acontecerá na próxima quarta-feira (13), visando reduzir a enorme distância entre o índice reivindicado pelos trabalhadores e a proposta ofertada pelas Faculdades e Escolas Particulares. O objetivo é que os patrões elevem o máximo possível, principalmente considerando que a inflação pelo INPC do IBGE dos últimos 12 meses corresponde a aproximadamente 12%. Por outro lado, o SINPRO/SINTEEP tentará reduzir ao máximo o índice reivindicado considerando a realidade econômica do setor educacional.
Participaram da reunião representando o SINPRO/SINTEEP o presidente Prof. Luizmar Neves e os diretores Valladão e Lázaro Silva; além do advogado Itamar Ferreira, da assessoria jurídica da Central Única dos Trabalhadores (CUT-RO) e consultor dos sindicatos de trabalhadores no processo de negociação coletiva. Representando o SINEPE, Alexandre Porto, além de diversos representantes de faculdades e escolas particulares.
Segundo o advogado Itamar Ferreira, especializado em negociações coletivas, caso o impasse persista após a próxima reunião de negociação, os trabalhadores poderão solicitar nos próximos dias uma mediação pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e, se ainda assim não se chegar a um acordo, será necessário ajuizar um dissídio coletivo, de greve ou econômico, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
O presidente do SINPRO/SINTEEP Prof. Luizmar Neves deixou claro que os trabalhadores não irão aceitar mais um ano de reajuste abaixo da inflação e que é necessário um esforço patronal para, além de reajustar com base na inflação dos últimos 12 meses, começar a repor aproximadamente 20% de perdas acumuladas em anos anteriores.
Tweet
Fonte: SINPRO/CUT
