Porto Velho sedia audiência sobre remuneração da conservação de áreas de preservação
A capital rondoniense sedia o lançamento da Expedição do BMV 2022 que deve gerar novas safras de Unidades de Conservação, iniciando pelo núcleo de produtores rurais, denominado Roosevelt Mata Viva.
Uma audiência pública, com apoio da Prefeitura de Porto Velho, empresários e outros setores interessados, discutiu, na manhã desta quarta-feira (22), uma proposta de remuneração da conservação de Áreas de Preservação Permanente (APP) e reservas florestais diversas por meio da Cédula de Produto Rural (CPR) Verde.
A proposta, apresentada no Teatro Banzeiros, é de autoria da empresa BMV. O prefeito Hildon Chaves considerou a importância da iniciativa. O prefeito lembrou que a região tem condições de aumentar em até 20 vezes a produção de gado sem que para isso seja derrubada nenhuma árvore.
“A agricultura também está consolidada com cada vez mais tecnologias. Hoje, a discussão é a remuneração desses produtores por esses serviços ambientais, sendo uma convergência entre a justa remuneração e, principalmente, a manutenção da floresta em pé”, explicou.
Relembrando o projeto Amazônia+21, o prefeito reiterou que Porto Velho foi vitrine para o mundo. “É natural que essas iniciativas de cunho ambiental passem também a serem discutidas aqui, onde se iniciou esse projeto pioneiro e onde está sendo criado o Instituto Amazônia+21, e Porto Velho faz questão de participar dessa discussão”, concluiu.
Desta forma, a capital rondoniense sedia o lançamento da Expedição do BMV 2022 que deve gerar novas safras de Unidades de Conservação (UCs), iniciando pelo núcleo de produtores rurais, denominado Roosevelt Mata Viva.
ABRANGÊNCIA
O Núcleo Roosevelt Mata Viva abrange o município e localidades próximas, com a aplicação da empresa BMV para gerar unidades de conservação em mais de 60 mil hectares, com a expectativa de atração de novos recursos para a região.
A UCs é a commodity da preservação gerada pela aplicação do BMV Standard, foi o primeiro ativo a ser registrado na B3 para entrega via CPR Verde. Empresas adquirem UCs, para cumprirem metas ambientais, além de contemplar aspectos sociais de governança, hoje conhecido como “ESG”.
Neste sentido, o consumo de UCs já é uma realidade na Plataforma Tesouro Verde, um ambiente eletrônico de certificação digital que gera benefícios às empresas com o Selo Sustentabilidade Tesouro Verde. Atualmente, mais de 600 instituições já aderiram ao selo.
O Tesouro Verde foi reconhecido como uma das soluções para combate às mudanças climáticas pela iniciativa CiviTech da ONU de dez países e também em recente publicação do Valor Econômico foi apontado como uma das 12 Greentech do Brasil que fazem a diferença.
A proposta do Núcleo Roosevelt Mata Viva é obter recursos, por meio da comercialização de UCs, para promover as soluções sustentáveis na forma de incrementar a matriz produtiva da região com investimentos de mais de R$ 2 bilhões a partir da venda de ativos e atração de investimentos.
Nesse modelo, o Roosevelt Mata Viva fará promoção do crescimento da região aliado à desaceleração do desmatamento do bioma amazônico.