O julho amarelo é o mês que reforça a campanha de combate contra as hepatites virais no município e tem como objetivo conscientizar a população sobre as causas e formas de transmissão da doença, além de incentivar o diagnóstico. Para isso, a Prefeitura de Porto Velho, através da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), fornece diagnóstico em todas unidades de saúde através do Sistema Único de Saúde - SUS.
A hepatite é uma infecção que atinge o fígado e pode causar alterações leves, moderadas ou graves. Na maioria das vezes, se comporta de forma silenciosa. No entanto, quando presente no organismo, o paciente pode sentir cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, a pele e olhos ficam amarelados, urina escura e fezes claras.
Segundo a gerente interina da Divisão de Vigilância Epidemiológica, Raissa Freitas, as hepatites virais mais comuns no Brasil são causadas pelos vírus A, B e C e muitas vezes passam despercebidas por não apresentarem sintomas no corpo humano. “No Brasil, o vírus da hepatite comumente diagnosticado nas pessoas é o A, B e C. Existe ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D, mais presente na região Norte do país, além do vírus da hepatite E que é encontrado na África e na Ásia. Por ser um vírus silencioso, pode evoluir por décadas sem o devido diagnóstico. O avanço da infecção compromete o fígado, causando a fibrose avançada ou a cirrose.”, esclarece.
CAUSAS
A gerente interina explica o que leva uma pessoa a contrair o vírus. “A hepatite A é transmitida pela ingestão de alimentos ou água contaminados. Está diretamente relacionada a condições de saneamento básico e higiene, como não lavar as mãos antes de comer ou depois de ir ao banheiro. Já as hepatites B e C são doenças transmitidas pelo contato sexual ou contato com sangue.” diz.
DIAGNÓSTICO
O município disponibiliza diagnóstico, por meio dos testes rápidos das hepatites B e C, em todas unidades de saúde através do SUS. Dentro da rede municipal, existe o Serviço de Assistência Especializada (SAE) que é referência no acompanhamento dos pacientes com hepatites virais e aos que convivem com HIV e AIDS.
Raissa finaliza esclarecendo as formas de prevenção e tratamento da doença, caso haja um diagnóstico. “As hepatites A, B, C e D têm cura, mas necessitam de acompanhamento médico, já que podem se agravar, caso não sejam tratadas da forma correta. A melhor forma de se prevenir contra o vírus é usar preservativos em relações sexuais, completar o ciclo vacinal das três doses contra a hepatite B, além de ter atenção e não compartilhar objetos ou materiais de uso pessoal como alicate de unhas, lâmina de barbear, escova de dente, dentre outros”.