Organização criminosa que explora diamante em Terra Indígena é alvo da PF em RO e PR
Ao todo, seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Três pessoas, sendo um brasileiro, um paraguaio e um americano foram presos em flagrante em abril.
A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (23), uma operação para desarticular uma organização criminosa dedicada a exploração ilegal de diamante em Terra Indígena. A operação, batizada de 'Conexão Internacional', teve seis mandados de busca e apreensão cumpridos em Espigão d'Oeste (RO), Cacoal (RO) e Foz do Iguaçu (PR).
Em abril, três pessoas, sendo um brasileiro, um paraguaio e um americano, foram presos em flagrante. De acordo com a polícia, eles pousaram em um jato particular no aeroporto de Cacoal e transportavam 25 diamantes brutos, que totalizavam quase 45 quilates.
Além das pedras, os presos também portavam notas de dólares, guaranis e apetrechos para avaliação dos diamantes.
As investigações indicam que os diamantes, extraídos de Terras Indígenas, eram vendidos ilegalmente no mercado nacional e no exterior. A PF também descobriu que um advogado comercializava as pedras preciosas e mantinha contato direto com os clientes estrangeiros.
Segundo a polícia, diversas medidas cautelares foram cumpridas, sendo o monitoramento eletrônico dos investigados e a proibição de entrada em Terras Indígenas. O sequestro e bloqueio de bens, no total de R$ 120 mil para cada um deles, também foi determinado pela Justiça.
Cada um dos investigados pode responder pelos crimes de usurpação de bens da União, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro.