No programa que foi ao ar nesta quinta-feira (22), no horário eleitoral gratuito na TV, o presidente Jair Bolsonaro (PL) prometeu reduzir o preços dos alimentos. Ele também usou o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para atacar seu principal adversário na eleição, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tenta conquistar o apoio de uma parcela do agronegócio.
– Antes, no governo Lula e Dilma, o MST fazia da terra motivo de invasão, briga e morte. Com Bolsonaro, a terra é motivo de vida, trabalho e orgulho – diz o narrador da peça publicitária, em meio a imagens de uma invasão do MST a propriedades produtoras de laranja.
– Agora vocês vão ver só quem ajuda o homem do campo – completa um agricultor.A defesa do armamento no campo e o repúdio ao MST são os dois principais elos entre Bolsonaro e o agronegócio. O presidente citando o movimento e as ameaças do retorno das invasões de terra em alerta aos produtores rurais toca importante base do seu eleitorado.
– Muita gente nasceu no campo e a sua vida passou a ser essa, produzir alimentos tão necessários para todos nós. Nós concedemos mais de 400 mil títulos de propriedade. Desses, 80% para as mulheres – diz o candidato à reeleição, em aceno ao público feminino.
Na peça de marketing, Bolsonaro promete dar títulos de terra para todos os assentados do país, em um eventual próximo governo, e aumentar o crédito para pequenos produtores comprarem sementes, equipamentos e tratores.
– Sem o PT e as enganações do MST, Bolsonaro deu mais títulos de terra do que Lula e Dilma juntos. (…) Bolsonaro vai tornar o Brasil autossuficiente na produção de fertilizantes. Vai seguir fortalecendo a segurança no campo e reduzir o custo de transportes, concluindo obras de ferrovias, rodovias e portos. E tudo isso vai ajudar para que o preço dos alimentos possa cair de verdade – afirma o narrador.
A propaganda também faz menção ao projeto Alimenta Brasil.
– E tem mais, com o programa Alimenta Brasil, Bolsonaro vai comprar alimentos da agricultura familiar e distribuir. Assim, combatemos a fome de verdade, porque a comida vai chegar na mesa de todo mundo que precisa – diz outro trecho do programa eleitoral.