O Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO) converteu em preventiva a prisão em flagrante do policial militar Thiago Gabriel Levino Amaral. Ele é o principal suspeito de matar o colega de farda, Elder Neves de Oliveira, com dois tiros na cabeça.
Durante audiência de custódia realizada na tarde desta quinta-feira (19), a Justiça acatou o pedido do Ministério Público de Rondônia (MP-RO) e decidiu pela conversão da prisão. De acordo com o TJ-RO, o único momento que o suspeito se manifestou durante a audiência foi para confirmar que não tinha sofrido nenhum tipo de violência no momento da prisão.
A medida tem como justificativa 'a garantia da instrução penal, para que todo processo de investigação ocorra sem interferências".
Prisão após decisão judicial
Inicialmente Thiago foi detido na Corregedoria da PM, que investigava o caso sob a alegação de se tratar de um crime militar. No entanto, o MP-RO solicitou que o suspeito fosse apresentado à Polícia Civil, já que os envolvidos não estavam trabalhando no momento em que tudo aconteceu.
O sargento foi apresentado na Central de Flagrantes somente nas primeiras horas desta quinta-feira (19), depois que a Justiça deu um prazo de uma hora para que o corregedor da PM entregasse o policial ao delegado que deve investigar o caso.
Além dos suspeitos, a Corregedoria também foi orientada a entregar testemunhas e todos os materiais apreendidos, como arma de fogo, cápsulas, roupas com resquícios de sangue, aparelho celular e outros possíveis objetos.
De acordo com a decisão judicial, caso a Corregedoria da PM não acatasse a ordem, a pena cairia no crime de desobediência e deveria arcar com multa diária de R$ 5 mil.
Elder Neves de Oliveira, de 36 anos, foi morto com dois tiros na região da cabeça, durante a madrugada da quarta-feira (18).
Testemunhas relataram que Elder estava dirigindo uma caminhonete quando dois tiros foram disparados. Imagens de câmera de segurança mostram que o veículo de Elder ficou sem controle, subiu na calçada e atingiu com força o carro estacionado (assista acima).
De acordo com testemunhas, os dois policiais estavam ingerindo bebida alcoólica em um bar, na avenida Pinheiro Machado, minutos antes.
Mesmo inconsciente, o policial estava com o pé pressionando o acelerador do veículo, o que fez a roda ficar em movimento até o pneu estourar. Instantes após a colisão, um homem, vestindo blusa branca, abre a porta e desce pela parte traseira da caminhonete.