Capital apresenta situação de alerta para o mosquito Aedes Aegypti
Dos 41 bairros pesquisados, 10 apresentaram resultado satisfatório para incidência do mosquito, ou seja, em menos de 1% dos imóveis visitados foi encontrada a presença do mosquito e de seus criadouros.
O resultado do primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes Aegypti (LIRAa) de 2023 aponta que Porto Velho apresenta situação de alerta para o mosquito causador da dengue, zika e chikungunya. O estudo foi realizado pela Prefeitura de Porto Velho, através do Departamento de Vigilância da Saúde (DVS) da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa).
A pesquisa ocorreu durante 17 dias em 41 bairros da capital com 7.882 residências visitadas pelos Agentes de Controle de Endemias (ACS), que este ano contou com o auxílio de soldados da Força Aérea Brasileira.
Dos 41 bairros pesquisados, 10 apresentaram resultado satisfatório para incidência do mosquito, ou seja, em menos de 1% dos imóveis visitados foi encontrada a presença do mosquito e de seus criadouros.
Outros 11 bairros estão em estado alerta, pois menos de 3,9% dos domicílios pesquisados apresentam larvas. O sinal de risco para o Aedes Aegypti foi apontado para 16 bairros, uma vez que estas regiões apresentam larvas do mosquito em mais de 3,9% dos imóveis vistoriados.
A métrica utilizada pelo Município é o Índice de Infestação Predial (IIP), cujos níveis são classificados pelo Ministério da Saúde. Porto Velho registrou IIP de 3,4%, colocando o município com sinal de alerta para o Aedes Aegypti.
Jussara Alves, subgerente do Núcleo de Controle de Endemias, Malária e Dengue da Semusa, explica que o resultado do LIRAa é importante para nortear as ações da Semusa no controle e combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Segundo ela, os bairros que apresentaram maior índice larvário foram Caiari, Cidade Nova e Floresta. “Estamos realizando visitas casa a casa para realizar o tratamento com larvicidas nos criadouros como caixas d’água e piscinas. Nos pontos estratégicos como ferro-velhos e borracharias, por exemplo, a ação é perifocal com aplicação de inseticida em volta dos pneus e também dos comércios, e ainda é feita a orientação aos moradores”, explica a técnica.
O trabalho com o fumacê este ano está suspenso, conforme orientação da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa). O motivo é a falta do inseticida que é distribuído aos municípios.
DADOS DA DENGUE
Dados do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) da Semusa apontam que em 2022 o município de Porto Velho confirmou 1.963 casos de dengue e dois óbitos. O bairro Flodoaldo Pontes Pinto foi o local com maior registro de casos da doença, 95 registros.
Em 2023, até o dia 27 de fevereiro, foram registrados 205 casos de dengue em Porto Velho com maior número de casos no bairro Cohab I.
ZIKA E CHIKUNGUNYA
Em 2022, foram confirmados 20 casos de Chikungunya e 5 de Zika em Porto Velho, sem óbitos para as duas doenças. Em 2023, até o dia 27 de fevereiro, há 2 casos de Zika e sem notificação para Chikungunya.