Defesa Civil de Rondônia monitora níveis dos rios e orienta moradores que residem em áreas com risco de inundação
Com exceção do rio Jamari, que está em alerta, todas as demais estações fluviométricas encontram-se dentro da normalidade e abaixo das médias históricas para o período.
A Defesa Civil de Rondônia, vinculada ao Corpo de Bombeiros Militar (CBMRO), monitora de perto a elevação dos níveis dos rios do Estado, neste período de inverno amazônico, e orienta a população quanto aos cuidados. Na última quinta-feira (16), com exceção do rio Jamari, em Ariquemes, que está em alerta, mas sem ter alcançado a cota de inundação; todas as demais estações fluviométricas da Agência Nacional de Águas (ANA), encontram-se dentro da normalidade e abaixo das médias históricas para o período.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Rondônia, coronel BM Tadeu Sanchez Pinheiro, nas últimas semanas a Defesa Civil Estadual atuou pontualmente, auxiliando às Defesas Civis dos municípios de Porto Velho, Jaru, Alto Paraíso e Campo Novo, tanto na remoção de famílias de locais de inundação quanto ao processo de conscientização de moradores em relação aos cuidados diante das cheias dos rios.
CHEIA DOS RIOS POR REGIÕES
Em Rondônia, segundo a Defesa Civil Estadual, o comportamento da cheia dos rios é diferente, conforme a região em que acontece. A que abrange a Bacia do Rio Madeira, que contempla especialmente o Rio Madeira, Mamoré e Guaporé, devido ao tamanho desses rios; chuvas locais ainda que muito fortes, não afetam diretamente as bacias destes rios, pois a calha do rio tem capacidade de absorver.
‘‘Assim, quando os rios das cidades desta região; Porto Velho, Candeias, Guajará-Mirim e Costa Marques, são afetadas por cheias, a elevação se dá de forma lenta, sendo possível prever com boa margem de segurança e com antecedência de algumas semanas, que haverá enchente. Entretanto, quando ocorrem, seus efeitos também são mais duradouros, chegando a várias semanas ou meses as consequências às famílias afetadas’’, afirmou o coordenador.
Já nos demais municípios que possuem rios ou igarapés, em seu perímetro urbano, o coordenador explicou que, como os rios são menores nestas cidades, chuvas muito fortes podem causar alagamentos pontuais, que podem afetar famílias durante algumas horas ou poucos dias. ‘‘A dificuldade nestes casos é prever e se antecipar a tais desastres, pois eles ocorrem muito rapidamente, com evolução em poucas horas. Cidades como Jaru, Ji-Paraná, Cacoal, Pimenta Bueno, Rolim de Moura e Ariquemes, costumam sofrer desastres desse tipo’’, explicou. A população pode entrar em contato com o Corpo de Bombeiros pelo 193.
O coordenador destacou, ainda que, as orientações gerais para a população são:
- Não trafegar em vias, onde o nível da água ultrapassar metade da altura do pneu do seu carro;
- Caso o nível da água atinja a altura da porta de um veículo, abandonar imediatamente o veículo;
- Não cruzar a pé, moto ou de bicicleta, vias que estejam inundadas e com correnteza;
- Em caso de chuvas e trovoadas, não se abrigar embaixo de árvores ou de estruturas metálicas e evitar usar aparelhos eletrônicos; e
- Atender às orientações da Defesa Civil e Corpo de Bombeiros Militar, em caso de remoção de casas em situação de inundação.