O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) está revisitando todos os lugares que ainda apresentam índices altos de entrevistas não realizadas para o Censo 2022. O desafio é chegar às favelas cariocas. Nessas regiões, o percentual de domicílios que não responderam ao questionário é de cerca de 9%.
Para isso, o IBGE fez uma parceria com o Instituto Pereira Passos, órgão de pesquisa da prefeitura do Rio de Janeiro, para fazer as visitas nas comunidades. Serão contratados ex-agentes de Territórios Sociais, programa da prefeitura com a Organização das Nações Unidas (ONU). São recenseadores que têm experiência em pesquisas domiciliares em grandes favelas do Rio, como Rocinha e Maré. Eles vão às comunidades buscar os moradores que estavam ausentes no momento da visita ou que se recusaram a responder o questionário.
Juntas, as favelas brasileiras representariam o terceiro estado mais populoso do país. Atualmente são mais de 13 mil comunidades, que reúnem 17,9 milhões de moradores. Os números são da pesquisa Data Favela. As informações do Censo são importantes para planejar políticas públicas para esses locais.