As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) são a porta de entrada para os casos de urgência e emergência em saúde. Por lidarem com uma grande demanda todos os dias, as unidades recorrem a uma classificação de risco para definir a ordem de atendimento. Nesse intervalo, o paciente pode contar como a ferramenta “UPA em Números” para acompanhar o status dos atendimentos.
Utilizando um esquema composto por três cores, previsto no Sistema Único de Saúde (SUS), os profissionais de saúde conseguem definir os casos de maior urgência, de modo a garantir que todos os pacientes sejam atendidos conforme cada caso clínico.
“Muitas pessoas não sabem, mas quando falamos em casos de urgência e emergência estamos falando de uma pressão alta, casos de desidratação, febre muito alta e afins. O que acontece é que nós nos deparamos com casos que deveriam ser atendidos na unidade básica, mas que, por algum motivo acabam aqui”, explica a médica Criziely Toledo.
A saída encontrada começa na triagem clínica que define qual caso necessita de atendimento prioritário.
“Nessa ala, conseguimos definir se o paciente se enquadra na cor vermelha, que é quando é destinado direto para atendimento médico; na cor amarela, quando passa a ter prioridade na fila de espera; ou se ele é um paciente verde, que pode aguardar por atendimento, uma vez que não é caso de urgência médica, mas que terá atendimento garantido”, justifica a enfermeira Regivânia Guimarães.
UPA EM NÚMEROS
Diante da grande demanda observada diariamente nas Unidades de Pronto Atendimento, a Prefeitura, por meio da Superintendência Municipal de Tecnologia da Informação (SMTI), criou o “UPA em Números”, uma ferramenta estatística que detalha o status quantitativo dos pacientes e de como estes estão sendo atendidos.
“É uma ferramenta que nos mostra como as pessoas que buscam atendimento estão divididas de acordo com o esquema de cores da classificação de risco. O UPA em Números é hoje uma das plataformas mais transparentes em relação à comunicação direta com o cidadão, mostrando ao município se há alguma movimentação atípica em alguma das unidades”, explica o superintendente da SMTI, Saulo Nascimento.
Na prática, a estratégia da pasta foi disponibilizar esses dados através de gráficos que mostram qual o status dos atendimentos, ou seja, se estes encontram-se em espera, triagem, consulta ou rechamada. A atualização ocorre, praticamente, em tempo real mostrando dados sobre as UPAs Leste e Sul, além da Unidade de Saúde José Adelino e da Policlínica Ana Adelaide.
“É um exemplo prático de como a tecnologia pode ser uma forte aliada da saúde. A ideia é que o usuário possa ter a dimensão de como estão os quadros de atendimentos e, assim, poder escolher a unidade em que ele venha ser atendido de forma mais rápida”, finaliza o superintendente.