Uma expedição exploratória realizada pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), através da Coordenadoria de Unidades de Conservação (CUC), foi realizada entre os dias 12 e 22 de abril, no Parque Estadual Serra dos Reis. A exploração buscou revelar o potencial turístico de uma cachoeira, que só existe durante parte do ano. A equipe formada por quatro profissionais, percorreu vários quilômetros de mata fechada, e contou com a ajuda de moradores locais para encontrar o atrativo natural.
A expedição foi planejada com base nas informações cartográficas obtidas, e relatos de antigos guardas-parque, que conheciam a existência da cachoeira. A equipe contou com o apoio de vizinhos do parque, que guiaram os exploradores até as proximidades do local, e após enfrentarem as dificuldades do terreno e da chuva, chegaram à cachoeira.
Segundo o turismólogo e especialista em desenvolvimento ambiental da Sedam, Dárius Augustus, a cachoeira pode representar um diferencial para o turismo ecológico na região. “As pessoas se encantam com esses atrativos em diversas partes do mundo, quando buscam ter contato com a natureza. Uma cachoeira pode compor um roteiro que gera fluxo de visitantes, e necessita de diversos serviços, ativando assim, setores da economia local”, afirmou.
O Governador Marcos Rocha, enfatiza que diversas ações podem ser realizadas com base nas potencialidades turísticas, a partir das unidades de conservação presentes no Estado.
“O objetivo é estabelecer parcerias público-privadas na forma de concessões, para que haja empreendimento na consolidação e estruturação do turismo em suas diversas modalidades, gerando riqueza nas regiões onde estão estabelecidas nossas unidades de conservação”, completou.
NOVAS EXPEDIÇÕES
A Coordenadoria de Unidades de Conservação da Sedam pretende realizar novas expedições para mapear outros atrativos naturais nas Unidades de Conservação – UCs, realizando o desenvolvimento de roteiros turísticos e uso público. Segundo o coordenador da CUC, Thales Quintão, o objetivo é identificar os atrativos das Unidades de Conservação para transformá-los em produtos turísticos, oferecendo oportunidades de renda para as comunidades do entorno das UCs. “Com essa perspectiva, a comunidade será a principal interessada em manter as florestas conservadas, pois terá benefícios diretos e indiretos com o turismo”, destacou.
O secretário Marco Antônio Lagos, diz que é importante priorizar o uso público das Unidades de Conservação, incluindo ações de turismo, pesquisa científica e educação ambiental. “O esforço de manter ações de fiscalização, demanda recursos que podem ser mais bem empregados em outras atividades, que valorizam as Unidades de Conservação e tiram o foco das ações criminosas”, finalizou.