Ponte binacional reúne análises técnicas no Palácio do Itamaraty
O plano aprovado em 2015 apontava o custo total da ponte de R$ 135 milhões. Com atualização por índices dos custos, a estimativa é que em 2023 a ponte custe R$ 244 milhões.
Para alinhar os detalhes técnicos da ponte binacional Brasil-Bolívia, que vai ligar as cidades de Guajará-Mirim em Rondônia a Guayaramerín no Departamento boliviano de Beni, reuniram-se no Palácio do Itamaraty, nesta quinta-feira, 6, em Brasília, o embaixador da Bolívia, Horácio Villegas, o diretor de Planejamento e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Guilherme Rodrigues de Mello e representantes do Ministério dos Transportes e do Governo de Rondônia.
Com a apresentação da maquete eletrônica e dos dados arquitetônicos e de engenharia da ponte, pelo engenheiro Luiz Guilherme do Dnit, as equipes puderam aprofundar os detalhes da obra, conforme as expectativas econômicas e suas normativas de sustentabilidade e logística dos dois países. O plano aprovado em 2015 apontava o custo total da ponte de R$ 135 milhões. “Com atualização por índices dos custos, a estimativa é que em 2023 a ponte custe R$ 244 milhões”, explicou Luiz Guilherme.
O diretor do Dnit ressaltou que há diversos cálculos que precisam ser refeitos para atender novas normas de engenharia para concreto, mas que a contratação integrada pode acelerar estes procedimentos. Segundo ele, até a licitação da obra pode acontecer mais rapidamente.
A comitiva da Bolívia pontuou que os engenheiros do país sugerem alteração no gabarito (formato da curva ascendente da ponte), para que possa ser possível a navegação por embarcações maiores do que as propostas no projeto. Foram debatidos os possíveis andamentos dos ajustes técnicos e seus enlaces orçamentários para que se mantenha o cronograma traçado pelo Dnit a partir de 2023.
Todas as sugestões apresentadas foram recebidas para análise do Dnit e Ministério dos Transportes para apreciação técnica em conjunto. Nos próximos dias, os dois países tratarão da possibilidade dos ajustes da ponte para possibilitar a logística hidroviária de maiores embarcações que o projeto inicial propõe. O objetivo é alterar minimamente o projeto que já existe, com vistas a não aumentar significativamente o prazo e os custos de modo a atender integralmente o Tratado de Petrópolis. Ficou convencionado que as partes também se reunirão em Santa Cruz de La Sierra (Bolívia) em data a ser definida entre as partes.
Participaram da reunião, o secretário Especial de Integração do Estado de Rondônia, Augusto Leonel, a secretária de Obras Públicas do Governo de Beni, Nathaly Dávila e comitivas boliviana e brasileira.