Por força de lei federal e determinação da Justiça, a Prefeitura de Porto Velho iniciou de forma gradativa o fechamento do lixão da Vila Princesa. Isso ocorre devido aos graves problemas ambientais e para a saúde da população, devido à grande quantidade de resíduos jogados a céu aberto.
O secretário municipal de Meio Ambiente (Sema), Robson Damasceno, explica a diferença entre um aterro sanitário (para onde serão destinados os resíduos sólidos) e o denominado lixão: “Os lixões não têm uma preocupação ambiental, eles não protegem nada. Já o aterro sanitário hoje, é uma das melhores formas de proteção ao meio ambiente, tanto para o ar, quanto para o solo e também a água, porque eles têm estruturas que fazem com que não haja contaminação. Não tem comparação, e a cidade só tem a ganhar em qualidade de vida”, destacou.
Isso acontece porque o chorume, que é o líquido liberado por resíduos em decomposição, não vai para o solo e os gases não são lançados na atmosfera, e sim armazenados e transformados em energia.
CARACTERÍSTICAS
Por ser desprovido de qualquer estrutura que impeça contaminações, o lixo a céu aberto é nocivo à saúde dos catadores de recicláveis e de toda população que mora no entorno. Ele não proporciona sustentabilidade e gera situações degradantes, como a presença de urubus, ratos e outros animais, incêndios e líquidos contaminando o solo e a água.
“No aterro sanitário é totalmente diferente. Não se vê a presença de animais como urubus e ratos, muito raramente, porque os resíduos são armazenados corretamente em células escavadas no solo. Essas células são revestidas de microfibras que não deixam passar o material que contamina o solo e os lençóis freáticos”, acrescentou Damasceno.
VANTAGENS
Para Robson Damasceno, a principal vantagem de um aterro sanitário em relação ao ‘lixão’ está na qualidade de vida das pessoas, que deixam de consumir água contaminada e de respirar o ar poluído.
“São muitos os benefícios, primeiro para a saúde da população, para a qualidade de vida em relação ao não lançamento de gases na atmosfera e de líquidos nas nascentes, nos lençóis freáticos e sobre as áreas de proteção”, destacou o secretário.
CONTRATO PROVISÓRIO
Conforme Cleberson Pacheco, titular da Secretaria Municipal de Saneamento e Serviços Básicos (Semusb), “foi feito um contrato provisório de um ano, podendo ser prorrogado por mais um ano, na esperança de que o Tribunal de Contas do Estado libere a Parceria Público Privado (PPP) para que uma empresa seja contratada em definitivo para realizar esse serviço”, disse.
A previsão é de que até o dia 10 de novembro deste ano, 100% desse material produzido pela população seja encaminhado corretamente para o aterro sanitário.
Pacheco acrescentou que a Semusb tem um setor responsável para fazer a fiscalização da coleta, do transporte e da destinação dos resíduos sólidos.