Levantamento aponta baixo risco para infestação do Aedes aegypti em Porto Velho
Dos 68 bairros visitados, em 21 foram identificados criadouros para a proliferação do mosquito, entre os que registraram maiores índices estão Mariana, Floresta, Castanheira, Caladinho e Tiradentes.
Porto Velho apresenta baixo risco de infestação pelo mosquito Aedes aegypti. Foi o que apontou a terceira edição deste ano do Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRA’a), finalizado na segunda quinzena de agosto. O índice de infestação predial (IIP) pelo mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya foi de 0,7%, classificação considerada satisfatória, quando o IIP é inferior a 1%.
O LIRAa é um método de amostragem realizado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), através do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) quatro vezes ao ano. O objetivo é mapear as regiões da cidade onde o mosquito está presente, auxiliando na implantação de estratégias para controle do vetor.
O trabalho busca identificar e analisar depósitos com condições para a proliferação do mosquito. Em Porto Velho, as equipes percorreram 68 bairros com 2.216 imóveis visitados. Lixo, recipientes plásticos e outros depósitos de armazenamento de água são criadouros predominantes para Aedes aegypti.
Dos 68 bairros visitados, em 21 foram identificados criadouros para a proliferação do mosquito, entre os que registraram maiores índices estão Mariana, Floresta, Castanheira, Caladinho e Tiradentes.
Diretora do DVS, Geisa Brasil alerta que mesmo com baixo risco de infestação pelo mosquito Aedes aegypti, a população não deve relaxar com os cuidados. “As ações para eliminar o foco do mosquito devem ser mantidas durante todo o ano, inclusive no verão. Desta forma, quando o período chuvoso se intensificar, as chances de proliferação do mosquito são menores”.
CUIDADOS
O controle do vetor Aedes aegypti é o principal método para a prevenção e controle da dengue, chikungunya e Zika. Ações simples podem acabar com os focos do mosquito, como:
1 – Mantenha bem tampados: caixas, tonéis e barris de água;
2 – Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira sempre bem fechada;
3 – Não jogue lixo em terrenos baldios;
4 – Se for guardar garrafas de vidro ou plástico, mantenha-as sempre com a boca para baixo;
5 – Não deixe a água da chuva acumular sobre a laje e calhas entupidas;
6 – Encha os pratinhos ou vasos de planta com areia até a borda;
7 – Se for guardar pneus velhos em casa ou borracharias, retire toda a água e mantenha-os em locais cobertos, protegidos da chuva;
8 – Limpe as calhas com frequência, evitando que galhos e folhas possam impedir a passagem da água;
9 – Lave constantemente, com água e sabão, os recipientes utilizados para guardar água, pelo menos uma vez por semana;
10 – Os vasos de plantas aquáticas devem ser lavados com água e sabão, toda semana. É importante trocar a água desses vasos com frequência;
11- Piscinas e fontes decorativas devem ser sempre limpas e cloradas.
DADOS
Dados do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) da Semusa apontam 935 casos confirmados de dengue em Porto Velho, de janeiro até 28 de agosto, 2 casos de chikungunya e 6 de zika. Durante todo o ano de 2022, foram 1.963 casos de dengue, 20 de chikungunya e 5 de zika.