O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de nível laranja (perigo) para uma onda de calor que deve atingir o Brasil até o dia 22 de setembro.
Segundo os protocolos internacionais seguidos pelo Inmet, o aviso meteorológico é emitido quando as temperaturas, neste caso as máximas, ficam pelo menos 5 °C acima da média histórica do período.
A previsão é de que as temperaturas passem dos 40 °C em áreas das regiões Centro-Oeste e Norte, e no interior de São Paulo.
Junto com a onda de calor, há previsão de baixos índices de umidade relativa do ar para a área de abrangência do aviso.
Os avisos podem ser amarelos (perigo potencial), laranjas (perigo) ou vermelhos (grande perigo) e a intensidade está relacionada ao número de dias consecutivos do fenômeno.
O aviso de onda de calor foi emitido às 11h de segunda e deve permanecer até as 18h da sexta-feira (22).
No entanto, o Inmet aponta uma possível piora da situação a partir de sábado (23). Por isso, o aviso será reavaliado diariamente ao longo da semana.
O que é uma onda de calor?
Segundo o Inmet, uma onda de calor é promovida por condições de tempo predominantemente seco, com aumento da insolação. O fenômeno é favorecido pela subsidência atmosférica – quando a pressão atmosférica entre os níveis médios e a superfície aumenta, gerando um aumento na temperatura da massa de ar.
Esse padrão de subsidência atmosférica, junto ao escoamento dos ventos níveis superiores da atmosfera, faz com que a onda de calor persista.
Conforme explicou a meteorologista da MetSul, Estael Sias: “[O calor] cria o mecanismo de feedback, em que o ar seco esquenta mais a atmosfera e a atmosfera acaba deixando o ar mais seco. Ele forma uma verdadeira cúpula de calor. A gente tem que imaginar como se fosse uma tampa de panela segurando esse calor em superfície e a cada dia que passa mantendo esse ar seco”.
Apesar da prevalência de tempo seco, dentro da onda de calor também podem ocorrer chuvas intensas localizadas.