O Governo de Rondônia publicou na sexta-feira (15), o decreto 28.647-situação de emergência, por meio do qual declarou Situação de Emergência em todo Estado de Rondônia em virtude da seca intensa provocada pelo “El niño”. O documento é um novo desdobramento de esforços do governo para minimizar os efeitos da estiagem. O Governo do Estado criou um comitê de crise hídrica composto por todos os órgãos diretamente relacionados ao problema para traçar metas cujo objetivo é reduzir os impactos socioeconômicos, bem como dialogar com órgãos externos que também colaboram com o trabalho.
No texto que compõe o decreto, o Governo do Estado elencou argumentos para justificar a necessidade ao declarar situação de anormalidade nos municípios que compreendem seu território “quando mais de um município for afetado concomitantemente por desastre resultante do mesmo evento adverso, ou quando um município estiver com a sua capacidade administrativa prejudicada pelo desastre”, diz trecho do decreto.
O fenômeno “El niño” tem causado uma série de problemas climáticos na Amazônia como um todo, dentre os quais calor extremo, baixa substancial dos níveis de rios e mananciais, além de prejudicar a economia, uma vez que as safras estão comprometidas por falta de chuva e o escoamento fluvial de produção perdeu capacidade por causa da baixa dos rios.
ESTIAGEM
Em que pese o fato de haver registro de chuvas em diversas regiões de Rondônia, a intensidade e a periodicidade não são suficientes para encher aquíferos e bacias que abastecem os municípios. Ou seja: está chovendo, mas não o necessário para a população enfrentar o próximo período de estiagem.
O último relatório pluviométrico feito pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), o qual foi apresentado na sexta-feira (15), a representantes do Governo do Estado, do Ministério Público, Universidade Federal de Rondônia (Unir) e representantes da sociedade civil, apontam que o volume de chuvas continuará muito baixo até o final de janeiro, período considerado o ápice do inverno amazônico (quando geralmente chove muito e com muita intensidade). Em síntese, o calor continua forte, a seca intensa e o nível dos rios e mananciais de captação de água muito abaixo do necessário.