“E fica só em Itapuã do Oeste? Não, aqui é só o começo”. Foi com essa fala que o ministro dos Transportes, Renan Filho, abriu o discurso de entrega da nova travessia na BR-364 nesta terça-feira (30). A obra inaugurada inclui a reestruturação do perímetro urbano de Itapuã do Oeste (RO), com 8 pistas recuperadas em 15 quilômetros de extensão total. Os investimentos somaram quase R$ 60 milhões e afetam diretamente tanto quem mora na cidade quanto o transporte de carga que passa pela BR-364: a rodovia é a principal rota de escoamento da vasta produção agrícola do estado de Rondônia.
“Essa obra faz parte de uma série de investimentos. A travessia de Jaru já está sendo executada. Três pontes em Cacoal, já estamos em trabalho de reconstrução. Estamos construindo o viaduto de Colorado do Oeste, ano que vem, vamos entregar. Um viaduto no trevo de Chupinguaia, ano que vem vamos entregar. Em breve, vamos concluir a ponte ligando Guajará-Mirim à Bolívia, obra de R$ 500 milhões em recursos federais. E ainda vamos fazer o contorno norte em Porto Velho, para tirar os caminhões de dentro da cidade”, enumerou o ministro.
Para dar suporte aos empreendimentos no estado, o valor total repassado através da Lei de Orçamento teve destaque na fala do ministro. ”São R$ 612 milhões para Rondônia, quatro vezes mais recursos do que no último ano da gestão anterior”, sublinha Renan Filho. “Essa obra tem uma relevância enorme, feita cem por cento com recursos do Governo Federal, ajuda demais o estado. São 15 quilômetros que antes ficavam alagados e agora vão ficar livres para a passagem de veículos e pessoas”, completou o governador do estado, Marcos Rocha, que participou da cerimônia.
Sobre o trecho inaugurado hoje, que anteriormente enfrentava problemas como buracos, falta de sinalização e dificuldades nos acostamentos e ruas laterais, foi todo refeito. As obras, iniciadas em 10 de janeiro de 2023 e concluídas em 10 de julho de 2024 – antes do prazo previsto de 12 meses - resultaram em uma rodovia mais segura e eficiente. A reestruturação incluiu a renovação da pista de rolamento, dos acostamentos, das ruas laterais e das interseções, além da instalação de novas sinalizações, garantindo maior segurança e conforto para os motoristas que utilizam a BR-364.
O que reforça outro ponto do trabalho da pasta. A melhoria da qualidade do asfalto. “Quando o presidente Lula começou essa gestão, o índice de condição da malha rodoviária (ICM) aqui em Rondônia era de 42% de pistas boas. Hoje, estamos em 85% consideradas boas. As esburacadas, ruins e péssimas, estão em apenas 3%. Senti isso na própria pele, vindo de Porto Velho para cá”, exemplificou Renan Filho.
A cerimônia também contou com a presença do prefeito de Itapuã do Oeste, Moisés Cavalheiro, do senador Confúcio Moura e do diretor-geral do DNIT, Fabrício Galvão.
Próximos investimentos em Rondônia
Detalhando os empreendimentos em curso citados pelo ministro, com a retomada de investimentos proposta pelo novo PAC, Rondônia receberá seis projetos: cinco obras públicas e um aporte privado. Entre os destaques, a construção citada por Renan Filho: a ponte internacional da Guarajá-Mirim, na BR-425, que facilitará a ligação com a Bolívia.
No total, serão cerca de R$ 4,2 bilhões investidos nas intervenções viárias listadas pelo Governo Federal como prioridade para Rondônia. Veja a lista de empreendimentos no estado inclusos no novo PAC:
- Adequação da Travessia Urbana e duplicação da ponte sobre o Rio Jaru - BR-364/RO;
- Adequação da Travessia Urbana de Ji-Paraná - BR-364/RO;
- Construção de Ponte Internacional de Guajará-Mirim - BR-425/RO;
- Projeto de adequação de Travessia Urbana de Porto Velho - BR-319/RO - Trevo do Roque;
- Construção de pontes na BR-425/RO - Rio Araras e Rio Ribeirão;
- Investimentos previstos de novas concessões na BR-364/RO - Vilhena - Porto Velho/RO.
Outro ponto de atenção é o projeto de concessão da Rota Agro Norte, na BR-364, entre Porto Velho e Vilhena. O segmento de 729 quilômetros de extensão faz a ligação entre o oeste de Mato Grosso com Rondônia e Acre, onde ocorre o transporte de grãos para escoamento por Porto Velho (RO), pelo Rio Madeira e depois pelo Rio Amazonas. A estimativa é que o empreendimento alcance, em investimentos, cerca de R$6,53 bilhões de Capex e R$3,89 bilhões de Opex.