A Polícia Federal e a Polícia Civil deflagraram a Operação Máscara de Janos, que apura crimes de fraude em licitação e associação criminosa. Na ação, quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos na cidade de Porto Velho.
Durante as investigações, foram notadas irregularidades ocorridas em inúmeros pregões eletrônicos do Estado de Rondônia e da Prefeitura de Porto Velho, especialmente o fato de que duas empresas atuantes no ramo da construção civil simulavam competição para vencerem os certames.
A operação foi deflagrada na última terça-feira (06).
Segundo a PF, o esquema funcionava da seguinte forma, enquanto uma das empresas efetivamente existia, a outra era meramente de fachada e estava em nome de um laranja, sequer possuindo funcionários registrados. Apesar disso, a empresa apontada como sendo de fachada logrou obter cerca de R$ 8,4 milhões em contratos com o Poder Público apenas no ano de 2022. Além disso, foi constatado que ambas as empresas remetiam suas propostas do mesmo aparelho de computador.
Desse modo, as investigações identificaram que ambas as empresas teriam fraudado cerca de 583 licitações em âmbito estadual e municipal durante 15 anos.