A efervescência do debate no meio político, nos botequins e nos mais diversos lugares, certamente alimentadas por pesquisas como as da empresa Futura Inteligência – nome que não me parece muito feliz, pois se é “futura inteligência”, que inteligência teria no presente? – em que a candidata Mariana Carvalho aparece com estratosféricos 55,8%, está se criando um “clima de já ganhou” na opinião de muita gente.
Porém, todavia, entretanto, seria prudente que a campanha da Mariana não apostasse todas suas fichas nesse cenário de “Céu de Brigadeiro”, pois institutos com muito mais renome e tradição, como o Ibope, já cometeram erros bizarros em pesquisas sobre eleições para prefeito em Porto Velho.
Não é preciso ir muito longe, basta relembrarmos a primeira eleição do atual prefeito Hildon Chaves, padrinho político de Mariana, que justamente por sua própria experiência, pelo menos ele, não deveria se entusiasmar muito com essas pesquisas.
O fato histórico ocorreu na eleição de 2016, numa pesquisa de primeiro turno do Ibope, publicada em 16/09/2016, doze dias mais próximo da votação do a pesquisa da Futura, o então candidato “nanico” Hildon Chaves apareceu na sexta posição, com insignificantes 4% das intenções de voto. Confira a pesquisa.
Apuradas as urnas do primeiro turno eis que o então nanico Hildon teve 27,20% dos votos e Léo Moraes 26,12%, sendo que no segundo turno ele foi eleito prefeito com 65,15% da votação.
Com base neste fato recente e em vários outros erros gritantes de pesquisas sobre candidatos a prefeito da bela Capital às margens do Madeira, o candidato que apareceu na sexta colocação da Futura Inteligência, pode ter motivos concretos para acreditar na possibilidade de sua eleição, pois a pesquisa que vale mesmo é a da apuração das urnas.
E quem está na sexta posição na pesquisa da ‘inteligência do porvir’? Célio Lopes do PDT. Célio, os demais candidatos, incluindo Mariana Carvalho, ainda terão que gastar muita sola de sapato e saliva para se tornar prefeito. Certamente a eleição ainda não está decidida, pelo menos é esta a opinião do autor destas mal traçadas linhas.